BOLSONARO ANTI-FILOSOFIA e os intelectuais encastelados

in #pt5 years ago

bolsonaro e a elite do atraso.png

Será que a filosofia traz retorno imediato à sociedade, ou é uma perda de tempo?

Assista ao vídeo abaixo:


Transcrição do vídeo:

Bolsonaro anti-filosofia e os intelectuais encastelados

Será que a filosofia traz retorno imediato à sociedade, ou é uma perca de tempo? Curte agora este vídeo e fica comigo até o final que você vai se surpreender.

Jair Bolsonaro anunciou que, junto ao ministro da educação, pretende "descentralizar os recursos em filosofia" e em humanas em geral. Eu quero aqui atacar os dois lados da moeda desse debate, que é tanto o governo Bolsonaro e sua perseguição ideológica quanto os intelectuais que tão criticando o governo.

Como eu sou estudante de filosofia eu tenho algumas coisas a dizer sobre isso, então eu vou começar lendo o que exatamente o Bolsonaro anunciou no seu perfil no Twitter e depois eu vou comentar:

"O Ministro da Educação Abraham Weintraub estuda descentralizar investimento em faculdades de filosofia e sociologia (humanas). Alunos já matriculados não serão afetados. O objetivo é focar em áreas que gerem retorno imediato ao contribuinte, como: veterinária, engenharia e medicina."

No próximo tweet ele fala que:

"A função do governo é respeitar o dinheiro do contribuinte, ensinando para os jovens a leitura, escrita e a fazer conta e depois um ofício que gere renda para a pessoa e bem-estar para a família, que melhore a sociedade em sua volta."

Bom, de cara a primeira coisa que eu tenho a comentar é sobre a ideia de "descentralizar investimento em faculdades de filosofia e sociologia".

Isso porque, ao meu ver, a ideia de descentralização é muito bem-vinda, eu realmente acredito que as universidades devem parar de depender das verbas estatais, e isso exige uma maior abertura do mercado, permitindo financiamento privado de forma transparente em universidades públicas e tantas outras coisas que fariam com que o investimento nessas áreas não dependesse quase totalmente do governo.

O problema é que Bolsonaro não tá falando de descentralização como uma abertura de mercado. Ele tá falando em simplesmente cortar verba. Na linguagem dele, descentralizar é diminuir ou secar a fonte de renda dos pesquisadores e professores de filosofia e sociologia nas universidades, e eu não duvido que ele queira fazer isso até mesmo no ensino médio.

Nesse sentido, ele não tá fazendo uma proposta de melhora pra essas áreas e sequer pra sociedade civil, ele tá simplesmente abraçando a marginalização dessas áreas, e faz isso com um discurso supostamente belo e moral, como se tivesse preocupado com os cidadãos de bem que querem ver retorno social do dinheiro de seus impostos, algo que vende bem no discurso mas que ignora um monte de implicações que surgem dessa prática.

Agora..., a segunda coisa que a gente pode notar no anúncio do Bolsonaro é o quanto as humanas são desprestigiadas por seu governo. Não apenas porque ele não vê retorno imediato da filosofia e da sociologia, como especialmente ele reduz as humanidades à filosofia e sociologia.

Parece que Bolsonaro não sabe que as humanidades são tão diversas que contemplam uma infinidade de áreas que o próprio Bolsonaro admitiria serem essenciais pro desenvolvimento do Brasil, como por exemplo: Administração, Arquitetura e Urbanismo, Artes Cênicas... Cinema e Audiovisual, Direito, Economia Doméstica..., Educação, Geografia..., Letras, Jornalismo, Pedagogia, Psicologia, Publicidade e Propaganda..., Relações Internacionais e Públicas, Segurança Pública, Serviço Social, Turismo e, enfim... Tudo isso e muito mais tá dentro do espectro das humanidades.

Filosofia e sociologia são apenas duas áreas dentre dezenas ou então centenas de outras áreas das humanidades, e quando Bolsonaro fala que as humanas não geram retorno imediato, então se ele quer ser coerente ele tem que parar de gastar verba em publicidade e propaganda, tem que parar com os incentivos fiscais pro turismo, acabar com o funcionalismo público que tá lotado de gente da Administração, acabar com a Segurança Pública, dentre tantas outras coisas que ele deveria fazer pra ser coerente ao diminuir o investimento nas humanidades.

Aliás, se Bolsonaro quer ser coerente mesmo, então que Bolsonaro FECHE o Ministério da Educação, tanto porque educação é uma área por excelência das humanidades quanto porque todo mundo sabe que educação só dá retorno à sociedade depois de décadas educando as pessoas.

Ou seja, aqui a gente já pode notar que o problema nem é que humanas não dêem retorno imediato, afinal muitas áreas de humanas dão, como por ex. o Turismo que gera retorno econômico de forma bem evidente

O problema pra Bolsonaro e sua máfia governamental é que eles desprezam o ensino de filosofia e sociologia, uma repulsa que eles não conseguem justificar em termos claros e distintos, e que se há justificação provavelmente ela advém do olavismo cultural que foi introjetado no governo graças aos filhos do Bolsonaro, que conseguem mesmo controlar o que o pai pode ou não pode dizer no seu perfil no Twitter.

Outra coisa é quando o Bolsonaro fala que "o objetivo [dessa suposta descentralização] é focar em áreas que gerem retorno imediato", e daí ele ilustra como exemplo os veterinários, os médicos e os engenheiros.

Bom, pelos exemplos que Bolsonaro dá, o "retorno imediato" do qual ele fala tá num sentido de "utilidade prática", e não teórica. Ou seja, a gente vê o trabalho do veterinário porque ele cura animais e isso é visível; a gente vê o trabalho do médico porque ele cura pessoas, e a gente vê o trabalho do engenheiro porque seus conhecimentos técnicos constroem coisas visíveis, como por exemplo um prédio ou edifício.

Agora, a gente não vê o trabalho do filósofo e do sociológico nesse sentido prático porque é praticamente impossível eu demonstrar algo como, sei lá... uma "hegemonia cultural" ou uma "estratificação social", que são conceitos tratados na sociologia, assim como é praticamente impossível eu demonstrar um "qualia" tal como por exemplo "a vermelhidão do vermelho", ou então um "zeitgeist" hegeliano, que seria a ideia de "espírito do tempo", ou ainda demonstrar algo como... sei lá, um "valor moral", tudo coisas que a gente estuda nas mais diferentes áreas da filosofia, como filosofia da mente, filosofia da história e filosofia da moral, a famosa ética.

O que eu tô querendo dizer aqui é que essas coisas todas, dado que não são demonstráveis na realidade tal como demonstramos a construção de um edifício ou a cura de uma doença, essas coisas tratadas pela filosofia e pela sociologia não são tão diferentes do que a grande maioria das ciências, inclusive a medicina, a veterinária e a engenharia, tem feito pra se estabelecerem como instrumentalmente úteis. Isso porque todas essas áreas ainda precisam de constante aperfeiçoamento na pesquisa pra que sejam aplicadas de forma cada vez mais útil na sociedade. E quando eu falo da importância da pesquisa em todas as áreas, sejam as humanidades, sejam as exatas ou as biológicas, eu tô falando do fato de que existem tantos problemas particulares de cada área que só serão superados caso sejam pesquisados, caso se identifique o funcionamento das coisas, caso se descubra soluções e por aí vai. Isso vale tanto pra engenharia e medicina quanto pra filosofia e sociologia.

Aliás, sobre a filosofia especialmente, ainda tem o fato de que o repasse de verba nem é tão absurdo quanto o é pra outras áreas, isso porque a gente não precisa de laboratório, nem de instrumentos específicos, a gente não tem que fazer coleta de dados ou qualquer coisa do tipo, a gente só precisa de uns livros, sendo que muitas vezes a gente encontra eles disponíveis gratuitamente na internet, e também precisamos de uma sala de aula, seja pra aprender ou pra ensinar. De resto a gente só precisa sentar, ler e escrever...

Em outras palavras, não é porque você não tá vendo os resultados que o investimento nessas áreas deixa de ser de suma importância, que os custos deixam de serem compensados pelos benefícios...

Só pra citar um exemplo..., eu tava há pouco numa aula de neurociência do sono aqui na PUCRS, com especialistas de renome internacional no assunto. Hoje foi mostrado que graças a uma pesquisa de mais de 20 anos sem resultados práticos finalmente descobriram as causas de alguns problemas comuns na população, como por ex. a insônia, e com o conhecimento que temos hoje a gente poderia, por exemplo, salvar a vida do Michael Jackson, que não precisava de drogas pesadas pra aguentar sua rotina, mas precisa isso sim de noites de sono controladas, que é uma receita que temos hoje em dia e que é muito aplicada em atletas e campeões olímpicos. E esse é apenas um exemplo, porque existem tantos outros de pesquisa de base, sem resultados práticas, que inclusive foram positivos até mesmo quando o cientista tava errado na sua hipótese, porque muitos erros acabam nos fazendo chegar à verdade. O Instituto do Sono do Sergio Tufik, que tava dando essa aula, surgiu daí... De um erro científico relacionado a testes com drogas em ratos de laboratório, que de forma não-intencional fez surgir esse instituto brasileiro que hoje é referência mundial em estudos do sono e tem melhorado a qualidade de vida de muitas pessoas ao redor do mundo.

O que eu tô querendo dizer aqui é que... NENHUMA PESQUISA DE BASE NAS CIÊNCIAS, SEJAM HUMANAS OU NÃO, NENHUMA DELAS TRAZ RETORNO IMEDIATO. Quando o trabalho é por excelência teórico, então.. Essa ideia de utilidade prática cai totalmente por terra.

Deve de fazer o quê?... Um século que Einstein anunciou a ideia de buracos negros e só agora, no ano de 2019, a gente conseguiu confirmar empiricamente a existência desse fenômeno. E aí, Bolsonaro, se Einstein fosse brasileiro, bora cortar o investimento nesse gênio já que ele não deu retorno imediato pra sociedade?

Eu te pergunto então, meu caro presidente... Você vai ser coerente e "descentralizar" o financiamento de tudo que não traz retorno imediato, ou você vai continuar pegando no pé exclusivamente da filosofia e da sociologia, a mando de um ideólogo de merda que nem Olavo de Carvalho e suas marionetes olavetes?

Bom, no próximo tweet o Bolsonaro fala que respeitar o dinheiro do contribuinte é ensinar os jovens a ler, a escrever e a fazer conta, e a partir disso dar a eles ofício que gere renda e melhore a sociedade à sua volta.

Olha, Senhor Jair Messias Bolsonaro..., eu concordo DEMAIS contigo nisso. Por ex., eu sei ler, eu sei escrever, eu sei fazer contas e eu ensino outras pessoas, gerando valor pra sociedade e movimentando certa renda em torno de minha pessoa.

Tem gente que paga pra eu fazer vídeos e mesmo pra dar aulas particulares, tem gente pagando graduações na minha área e movimentando grana sem sequer pensar em retorno imediato social. Tudo isso e muito mais girando à minha volta.

E tudo isso é importante, social e economicamente. Agora, o que você talvez não consiga admitir é que tudo isso acontece com um simples professor de filosofia, de modo que isso não se restringe aos médicos, aos veterinários e nem mesmo aos engenheiros.

Eu era aquele jovem de classe média baixa que aprendeu a ler, aprendeu a escrever, aprendeu a fazer contas e aprendeu a relevância de ter um emprego.

Ainda assim eu escolhi a filosofia, e tenho influenciado muitos outros jovens à filosofia, aprendendo o poder de um raciocínio lógico bem feito, a relevância de amparar a moralidade na racionalidade e tantas outras coisas.

Sim, a educação básica é de suma importância, e eu concordo que tem que destinar mais verbas pro ensino fundamental do que pra educação superior.

Mas e depois da educação básica, o que é que vem? O jovem quer comandar a própria vida, quer fazer escolhas, quer gerar sentido pra si mesmo... Restringir o número de portas abertas apenas porque algumas dessas portas você considera não serem úteis É O CÚMULO DA PREPOTÊNCIA E ARROGÂNCIA, é dizer ao jovem o que é que ele deve fazer ao invés de simplesmente permitir que ele trilhe o próprio caminho. E talvez seja daí que surja a crítica comum de que o governo não quer uma sociedade crítica, pois uma sociedade crítica é feita de pessoas como eu, que tão aqui APONTANDO O DEDO pro governo e criticando o que precisa ser criticado...

Mas bom... Eu já falei demais do Bolsonaro. Antes de encerrar o vídeo eu só quero criticar agora o outro lado dessa história, que são os intelectuais encastelados.

Isso porque ao mesmo tempo em que eu vi o Bolsonaro, no Twitter, anunciando esse corte de verbas, eu também vi muitos intelectuais brasileiros apontarem o dedo pro governo e literalmente favorecer a narrativa anti-intelectual do Bolsonaro. É uma coisa absurda, porque quem deveria defender a academia é quem tá mais fazendo a má fama dela.

Por exemplo, o Jessé Souza é um sociólogo famoso que comentou o anúncio do Bolsonaro. Se liguem no que ele diz:

"O anti-intelectualismo do Bolsonarismo é uma luta de classes truncada. Seu real apoio é na baixa classe média iletrada que, de modo ambivalente, inveja e odeia o conhecimento que não possui. Daí o ataque à sociologia e à filosofia."

Eu nem ia fazer esse vídeo se não fosse esse tweet. Quando vi o post do Bolsonaro eu pensei "ah, ele tá cumprindo promessa de campanha, sempre deixou clara sua briga com intelectuais, nada de novo sob o Sol".

Mas depois que eu vi o tweet do Jessé Souza... Pouts, me motivei a fazer este vídeo aqui porque... Comecei a sentir uma espécie de nojo misturado com raiva...

De um lado, a gente tem Bolsonaro e sua perseguição ideológica contra as humanidades. Do outro lado a gente tem intelectuais encastelados ACHANDO que o povo tem que reconhecê-los sem sequer entendê-los...

Eu realmente quero entender isso: como é que o Jessé espera que a "classe média iletrada" entenda o papel fundamental da sociologia e da filosofia se pessoas como o próprio Jessé, representantes públicas dessas áreas, não sabem educar o povo sobre a importância dessas áreas?

É como disse o professor Ribeiro da Silva, que tem um canal ótimo de Direito aqui no YouTube e que ensina muitas pessoas ao contrário de se isolar no seu mundinho acadêmico como muitos por aí...:

"A "classe média iletrada" (também conhecida como povo) não inveja, mas sim despreza o conhecimento que não possui e para o qual não vê serventia. Se a academia dialogasse e fosse menos encastelada talvez as percepções mudassem."

Ou seja... os médicos, os veterinários e os engenheiros conseguem ter suas profissões justificadas frente à sociedade porque eles estão ali... tratando de problemas perceptíveis à classe média i-letrada, enquanto intelectuais de humanas PECAM em mostrar à sociedade o valor do trabalho que eles têm feito, ainda mais diante do fato de que bolsas de estudo e pesquisa geralmente provém de impostos, e impostos exigem que seu uso tenha justificação pública. As pessoas PRECISAM então entender a utilidade dessas bolsas pra que estejam do lado dos intelectuais e não dos anti-intelectuais como é o caso do Bolsonaro.

Portanto, se o bolsonarismo tá ganhando e convencendo, não é sem motivo.

Assim como ele foi eleito graças à esquerda ter tirado ele do status de apenas mais um político fisiológico de baixo clero, colocando ele então num pedestal de inimigo da esquerda que favoreceu seu sucesso eleitoral na direita... Bolsonaro agora tá vencendo na guerra contra os intelectuais porque os intelectuais não conseguem mostrar sua importância pra essa sociedade que eles insistem em chamar de "classe média iletrada".

Só que quando você chama essa sociedade de iletrada, você distancia essa sociedade, torna ela inimiga de você mesmo. É um tiro no próprio pé, e se por acaso você é um intelectual da filosofia ou sociologia achando que tá certo ao simplesmente acusar a sociedade de ignorância, perdão mas o ignorante aqui É VOCÊ.

E bom... então eu volto à pergunta inicial deste vídeo...

Afinal, será que a filosofia traz ou não traz retorno imediato à sociedade?

E se querem saber, é só olhar pro que tá acontecendo agora neste instante. Ironicamente dá pra gente dizer que uma das provas do retorno imediato da filosofia é o fato de que Bolsonaro anunciou essa medida ontem e eu, filósofo, tô aqui destrinchando os detalhes dessa argumentação do nosso presidente, expondo pra sociedade os seus erros e suas debilidades.

Eu, um simples filósofo de formação, tô aqui fazendo o papel de figura pública alertando as pessoas sobre o que significa toda essa balela eleitoreira e populista que tá no poder.

Em outras palavras, a minha mera existência não apenas contraria os intelectuais encastelados. A minha simples existência refuta Bolsonaro.


Enfim pessoal, é basicamente isso que eu tinha pra dizer sobre essa treta toda, e se vocês gostam do que eu faço, querem me ver me posicionar mais vezes assim, querem me criticar ou o que for, as pontes estão aí.

Deixem seus comentários, curtam este vídeo se ainda não curtiram e, claro, acessem padrim.com.br/alysson pra serem padrinhos e madrinhas deste canal. Toda ajuda é super bem-vinda.

Aliás, saibam que, ao contrário do que faz esse governo que tá aí, investir em mim é investir em filosofia.

Eu vou ficando por aqui, meu nome é Alysson Augusto, e a gente vai se falando. Forte abraço...

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Parabéns pelo post!
Não acredito que a extinção seria a solução, acredito que qualquer área de humanas deveria, pra justificar o gasto dos pagadores de impostos, entregar à sociedade projetos que promovam o desenvolvimento intelectual, principalmente dos mais pobres. São muitas teorias no meio acadêmico e na prática a sociedade acaba não vendo nenhum retorno.

Pois é... Se tem bolsa financiando com impostos o pesquisador/educador do ensino superior, sua atividade precisa ser justificada frente à sociedade, uma vez que a sociedade está pagando pelo ofício. Ainda assim a coisa é complicada, porque certas explicações que os acadêmicos possam dar requerem certa base prévia sobre alguns assuntos para que as pessoas possam compreender o porquê desses ofícios. No fim das contas, para que a sociedade valorize o que é feito no ensino superior, ela precisará, primeiro, ser bem educada.

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