Os Vídeo Games que Marcaram Minha Vida, Parte 3: PlayStation - Dragon Ball, Overdose de Mega Man, entre Outros

Este é meu terceiro artigo da minha série de posts onde eu, uma gamer deficiente visual, falo sobre os vídeo games que tiveram um papel importante em minha vida. Se não leu as partes anteriores, recomendo que leia pelo menos a primeira para entender o contexto. Abaixo estão os links para as partes anteriores:

• Os Vídeo Games que Marcaram Minha Vida, Parte 1: NES - Mario, Mickey e Kirby
• Os Vídeo Games que Marcaram Minha Vida, Parte 2: SNES - Mario, Donkey Kong, Bastante Kirby e Alguns Outros

---

Neste post, falarei sobre o Sony PlayStation, também conhecido como PSX ou PS1.

Fonte da imagem: Por Evan-Amos [Domínio Público], da Wikimedia Commons

Em 2000, ganhei um PlayStation. Como eu estava acostumada com o Super Nintendo, fiquei impressionada com os gráficos do PlayStation e sons mais realistas tanto nas músicas quanto nos efeitos sonoros. Em alguns jogos inclusive o diálogo era totalmente falado! Por exemplo, um dos primeiros jogos do PlayStation que tive, que foi ...

Um jogo com katanas?

Hum... desculpe, o jogo era totalmente em Japonês, e nosso conhecimento limitado da escrita japonesa não nos permitiu ler o título:P . Até hoje, não tenho ideia de como se chamava esse jogo! Pelo que me lembro, acho que o protagonista herdou um dojo e os personagens principais tinham que treinar para um torneio, então alguns estrangeiros suspeitos apareceram, e... muita coisa aconteceu, mas eu não lembro muito da história.

O jogo era como uma visual novel, onde tínhamos que passar pelo diálogo e escolher respostas quando os personagens perguntavam alguma coisa. Fora o protagonista que só tinha voz durante as batalhas, todos os diálogos dos outros personagens eram totalmente falados (em Japonês). Entre uma cena de diálogo e outra, tinha as lutas usando katanas. Eu nunca consegui descobrir como o sistema de batalhas desse jogo funcionava e perdia a maioria das lutas. Como a história se ramificava em rotas diferentes dependendo das respostas escolhidas nos diálogos e de vitórias ou derrotas nas lutas, não tinha game over e não dava para repetir as batalhas (por isso não tinha como praticar para tentar entender as batalhas melhor). Eu desisti do jogo depois de um dia que não consegui encontrar a opção de salvar, e perdi horas de progresso (isto é, se passar os diálogos e perder luta após luta conta como "progresso").

Como não sei o título do jogo, não posso nem procurar por links no YouTube mostrando o gameplay! Não tenho mais o jogo, mas gostaria de poder pelo menos procurar na Internet e esclarecer minhas dúvidas sobre o sistema de batalhas. Se alguém que ler minhas descrições acima souber de que jogo eu estou falando, por favor me avise!

Dragon Ball Z: Ultimate Battle 22

Era o jogo do Dragon Ball que mais se parecia com os que eu jogava no Super Nintendo (inclusive com arranjos de algumas músicas de lá), exceto que tinha 22 personagens (sem contar os desbloqueáveis) contra 10 dos jogos do SNES. Fiquei decepcionada porque não havia um modo história, e porque o único lugar com os efeitos sonoros do anime era a animação de abertura. Ainda assim, eu me diverti praticando os golpes com todos os personagens.

Aqui está um link para um vídeo de gameplay que encontrei no YouTube, pelo usuário FranckoSabbath.

Dragon Ball Z: Idainaru Dragon Ball Densetsu

Também conhecido como "Dragon Ball Z: The Legend" na Europa. Eu gostava bastante desse porque passava por toda história de Dragon Ball Z, e tinha muitos personagens jogáveis, diálogo falado no modo história, e até o resumo falado pelo narrador do DBZ antes do início de cada capítulo.

Três personagens podiam ser enviados para o campo de batalha de uma vez. Era possível encarar a história de maneiras diferentes, fazer coisas que eram impossíveis no anime, como derrotar grandes inimigos usando personagens "mais fracos". Ou também dava para deixar o computador brigando e ficar só assistindo enquanto os personagens que não estavam lutando faziam comentários aleatórios sobre o que estava acontecendo, apesar de que deixar as lutas por conta do computador nem sempre tinha bons resultados. Eu passei pelas lutas de vários jeitos, mas depois descobri que o modo "certo" de jogar era tentar reproduzir as batalhas do anime o mais fielmente possível (como derrotar inimigos específicos usando personagens específicos ou deixar certos personagens morrerem), o que ativava alguns eventos especiais e dava uma pontuação melhor no final de cada capítulo. Como eu não tinha visto todo o anime do DBZ (a versão dublada que passava na TV ainda estava na saga do Frieza, enquanto as fitas aleatórias em Japonês que eu aluguei eram do final da saga do Majin Buu), tinha várias partes que eu não fazia ideia de como reproduzir.

Aqui está um vídeo de gameplay mostrando a luta contra o Frieza, pelo usuário wajinshu.

Dragon Ball: Final Bout

Eu estava alugando fitas de Dragon Ball GT de uma locadora especializada em programas de TV japoneses, muito antes do Dragon Ball GT ser exibido por aqui, e isso me familiarizou com os personagens do Dragon Ball GT. Então eu peguei este jogo. Finalmente um jogo onde a maioria dos efeitos sonoros eram os mesmos do anime! Tirando os personagens quadrados e a falta de um modo história de verdade, eu gostava bastante do jogo, e passei várias horas de minhas férias jogando, no modo arcade, no modo de build up, ou praticando movimentos com vários personagens.

Aqui está um vídeo de gameplay, por Ddd-R845.

Mega Man X5

Em meados de 2001, fui apresentada ao Mega Man pela primeira vez na casa de um amigo (o mesmo que me puxou para o Dragon Ball), por meio do jogo Mega Man X5. O Mega Man podia copiar as habilidades dos chefes derrotados, e os controles lembravam muito o Kirby (que eu adorava jogar no SNES). Só isso já foi o suficiente para me fazer gostar do Mega Man logo de cara.

Esta foi a primeira fase do Mega Man que eu vi na minha vida. Vídeo de gameplay pelo usuário Sliider.

A partir daí, começou o que eu decidi chamar de "overdose de Mega Man". Comecei a jogar todos os jogos do Mega Man que conseguia encontrar (apesar de jogar mal pra caramba e acabar dependendo de ajuda de amigos em quase todos). Mega Man 8, X4, X6, Mega Man 1 a 6 para o NES que eu joguei num emulador porque eu não tinha mais o NES (eu ainda adoro as músicas 8-bits), os jogos de arcade japoneses (obviamente também em um emulador), Mega Man Battle Network de 1 a 3 e Mega Man Zero de 1 a 3, que eu também joguei em um emulador, feliz por poder jogar jogos de GBA em uma tela grande (minha baixa visão agradecia).

Para aqueles que querem ver o gameplay ou lembrar os jogos, abaixo estão alguns links para vídeos que encontrei (listando só os de PlayStation porque são o assunto do post). Todos os vídeos são do usuário MegaQuint:

• Mega Man 8.
• Mega Man X4 (destaque para o chefe e seus "Hadouken! Shoryuken!" XDDD).
• Mega Man X6.

E mais.

Mega Man Legends 1 e 2

Um RPG em 3D com um cenário interessante, personagens cativantes - eu tiro o meu capacete especialmente para os Bonnes e seus Servbots fofinhos (mesmo aqueles que não conhecem Mega Man Legends, quem já jogou jogos como Marvel VS. Capcom 2 ou Namco X Capcom ou Project X Zone já os viu) -, muitos diálogos falados, humor típico de anime e vários detalhes divertidos.

Em Legends 1, além da história principal, eu gostava de fazer coisas estranhas como subir em carros e deixá-los me levar enquanto davam voltas pela cidade, ou chutar latas (o jogo até dava um pequeno bônus por chutar uma lata no lixo). Eu também gostava de deixar o Mega Man com armadura escura transformando-o em um delinqüente e fazendo coisas ruins (meu método preferido era quebrar as máquinas de refrigerante na cidade várias vezes). Infelizmente, a única coisa que mudava ao fazer isso além da aparência eram algumas cenas pequenas e que os personagens da ilha passavam a não gostar do Mega Man, mas isso não afetava nada nas cenas da história principal...

O Mega Man Legends 2 tinha um enredo mais sério e gráficos melhores, mas não havia mais carros para andar, nem máquinas de refrigerante para quebrar. Paciência... :P de qualquer forma, gostei muito e joguei os dois jogos várias vezes. Eu joguei as versões em Inglês, bem na época em que estava fazendo curso, e esses jogos me ajudaram bastante a melhorar meu inglês.

Aqui está um vídeo de gameplay do Mega Man Legends, do usuário MegaQuint, e aqui está um do Legends 2, por SoloKnight.

Mega Man Battle & Chase

Ou "Rockman Battle & Chase", como é chamada a versão japonesa (a que eu joguei). Um jogo spin off de corridas de carros do Mega Man. À primeira vista, pode parecer apenas um clone de Mario Kart com personagens do Mega Man, mas é muito mais do que isso! Tem elementos que lembram o Mario Kart, como armadilhas nas pistas e uso de itens para atrapalhar os adversários, mas o jogo tem muitas características únicas. Por exemplo, da mesma forma que Mega Man copia as habilidades de chefes ao derrotá-los nos jogos normais de plataforma, é possível pegar uma parte do carro dos oponentes ao derrotá-los no modo Grand Prix. Cada parte tem efeitos diferentes, seja para atacar ou para obter vantagens em diferentes tipos de pistas (asfalto, cascalho, gelo, etc., as rodas do carro do Ice Man não escorregam no gelo, por exemplo). Partes de vários carros podem ser misturadas e combinadas para personalizar o carro antes de começar cada corrida.

O modo Grand Prix era o modo história do jogo... na versão japonesa. Ouvi dizer que os elementos do modo história foram completamente removidos das versões internacionais. Eu joguei a versão japonesa, e a história era que havia uma competição de corrida de robôs na televisão, que tinha um prêmio de 10 milhões de zenny (dinheiro). Mega Man (Rockman no Japão), Roll e vários Robot Masters decidiram participar porque queriam o prêmio para seus próprios propósitos. Havia uma narração falada introduzindo as pistas e discutindo a corrida que estava prestes a acontecer (como se fosse um programa de TV), depois uma breve entrevista de cada oponente antes da corrida, e a corrida era totalmente narrada e comentada. No final da corrida, o comentarista falava animadamente sobre como a vitória foi impressionante, e às vezes dizia coisas como: "Este programa foi um oferecimento da Capcom. Obrigado pela audiência. Até a próxima semana!" Eu achei essas coisas muito divertidas. Mas ouvi dizer que não removeram só o modo história, mas também removeram todas essas partes faladas e narradas das versões internacionais, o que é uma decepção.

Meu personagem favorito neste jogo - e em todos os outros jogos em que ele era jogável - era o Bass (Forte no Japão). Eu tinha conseguido todas as partes de carros da maioria dos personagens quando joguei o jogo pela última vez.

Aqui está um vídeo de gameplay da versão japonesa, do usuário Retro Rampage, jogando como o Napalm Man.

Super Puzzle Fighter 2 Turbo

Depois do Mega Man, decidi experimentar alguns outros jogos da Capcom. Eu tinha jogado alguns Street Fighters, mas não tinha gostado tanto quanto Dragon Ball. E então encontrei este jogo. Super Puzzle Fighter 2 Turbo, um jogo de puzzle com personagens de Street Fighter.

Era parecido com Puyo Puyo (que eu mencionei no post do SNES quando falei sobre o Kirby's Avalanche), onde era para combinar quatro peças da mesma cor e encadear combos para atrapalhar o jogo do adversário. Os personagens do Street Fighter ficavam no centro da tela, e ao fazer combos eles usavam um de seus ataques especiais para atingir o outro. Era ótimo ouvir aqueles sons de vidro quebrando ao combinar peças e fazer combos enormes.

Joguei bastante e fechei o modo arcade com todos os personagens. Eu gostei que zerar o jogo abria uma versão cantada da música tema da Sakura no sound test.

Aqui está um vídeo de gameplay, do usuário faRec.

Marvel VS. Capcom: Clash of Super Heroes

Não tenho muito a dizer sobre este jogo além de "É um jogo de luta com personagens da Marvel e da Capcom, e que passei várias horas jogando". Joguei com todos os personagens, mas nem preciso dizer qual deles era o meu queridinho, né?

Aqui está um vídeo de gameplay, pelo usuário Rock Universe Gaming, jogando como... Mega Man. Pronto, falei. :P

Bust-a-Move 4

Deixando os jogos da Capcom de lado, tinha o Bust-a-Move 4. Outro jogo de quebra-cabeças, mas sobre atirar bolhas coloridas para combinar três da mesma cor e derrubar bolhas penduradas e encadear combos. Eu joguei muito tanto no modo história quanto experimentando criar minhas próprias fases no modo edit. Também passei bastante tempo jogando contra uma amiga no modo versus. Eu perdi mais do que outra coisa, até ficar de saco cheio e não aguentar mais esse jogo :P .

Aqui está um link para um vídeo de gameplay, por RyoGamestation.

Doraemon 2 SOS! Otogi no kuni

No post do SNES, eu mencionei como eu me tornei fã de Doraemon, a franquia popular de anime e manga sobre o gato robótico do século 22, e como eu tive um jogo do Doraemon para o SNES. Para o PlayStation, tive este jogo chamado "Doraemon 2 SOS! Otogi no kuni" (a tradução é algo como "Doraemon 2 SOS! Terra dos Contos de Fadas"). A história é que Doraemon tem uma TV do futuro onde é possível assistir a qualquer coisa, e começa a mostrar contos de fadas. No entanto, por alguma razão desconhecida, os vilões dos contos de fadas estão saindo de suas histórias e invadindo outros contos de fadas e causando caus. Cabe a Doraemon e seus amigos entrar nos contos de fadas e consertar a bagunça. Infelizmente, não consegui ir muito longe neste jogo.

Aqui está um vídeo de gameplay, por Girarkas.

Animetic Story Cardcaptor Sakura

Eu tive esse jogo na época em que assistia à versão dublada brasileira do anime Cardcaptor Sakura, e minha curiosidade em saber como os eventos se passaram em Japonês me manteve interessada do começo ao fim. O jogo tinha dois discos e recontava a história do anime. Para minha alegria, a maior parte da trilha sonora vinha diretamente do anime também.

O jogo consistia em conversar com as pessoas durante as tarefas normais do dia-a-dia - todo o diálogo era totalmente falado - e, quando chegava a hora de capturar as cartas mágicas de Clow, havia diferentes minigames para cada carta. Era um jogo bonitinho e fácil, com os personagens desenhados em forma chibi durante as partes em estilo RPG, e algumas cenas do anime passavam nos eventos mais importantes, como quando Sakura capturava a maioria das cartas. Minha única reclamação sobre o jogo é que era muito curto e não tinha todas as cartas. No final, só contava a primeira metade da história do anime. Eu tinha achado que talvez houvesse outro jogo para dar sequência e completar a última metade, mas infelizmente não tem.

Aqui está um vídeo mostrando o começo do jogo, por Serkenburg.

Harry Potter and the Philosophers Stone

Ou, o jogo do Harry Potter e a Pedra Filosofal. O último jogo que tive para o meu PlayStation. Tinha bastante diálogo falado. Era a versão européia, com vozes e texto em Inglês e Espanhol (não lembro se tinha mais algum outro idioma). Também tinha muitos quebra-cabeças, e eu achava interessante que completar as tarefas rendia pontos para a casa (para a espécie de competições de "classes" que eles tem). Mas era um jogo difícil, e até mesmo meu amigo que era habilidoso com jogos sofreu bastante com ele. Tivemos de parar de jogar porque meu memory card começou a dar problema. Os saves corromperam e sumiram, logo quando estávamos chegando no fim do jogo! Foi frustrante. Perdemos todo o progresso. Meu amigo não estava disposto a jogar de novo desde o começo, sem contar que não tinha nenhuma garantia de que os saves não corromperiam de novo. Então, desistimos.

Aqui está um vídeo de gameplay, do usuário DazzlingWalkthroughs.

---

Esses foram os meus jogos mais marcantes no PlayStation, que aliás, foram muitos. O próximo post será sobre o Nintendo 64!