A minha paixão secreta…
Vista da cidade de Paris. Do lado esquerdo podemos identificar a Igreja da Madalena (église de la Madeleine) junto à Praça da Concordia e ao fundo à direita a Basílica do Sagrado Coração (Basilique du Sacré-Cœur).
Ao longo dos anos sempre que visitava uma cidade tinha por hábito dizer: “que cidade tão bonita”, “amo esta cidade”, “gostava de viver aqui” …, a verdade é que nutro esse sentimento pela maioria das cidades que visito, (ehehehe), realmente o que eu gosto mesmo é de viajar e em todas existem pontos interessantes que nos prendem por uma ou outra razão.
Mas, por Paris, sempre tive um fascínio diferente que se mantém até hoje. Talvez porque no meu tempo a primeira língua estrangeira que se aprendia na escola era o francês, ou porque muitos dos emigrantes portugueses iam para França à procura de uma vida melhor, ou ainda, porque no tempo da ditadura muito intelectuais se refugiaram em Paris, onde foi crescendo uma geração que intensificou a luta contra o regime, a guerra colonial e por um Portugal livre e democrático.
No entanto, existem muitas razões (umas objectivas e outras subjectivas) pelas quais adoro Paris. É uma lista sem fim. O Quartier Latin, com o seu ritmo frenético, a música, os poetas, os escritores, as livrarias, os cafés onde os parisienses vão, ao final do dia, beber um copo de vinho ou um Kir.
Para mim, Paris, é ultrapassar aquele momento frenético de que todos necessitamos como turistas, de ver o maior número possível de museus, catedrais, jardins ou palácios. É ser capaz de passar por eles e trata-los como os nossos Jerónimos ou o museu de Arte Antiga. São todos fantásticos, têm que ser vistos, mas não vamos lá todos os meses.
Paris é saber distinguir o segundo do oitavo bairro, o quinto do décimo sétimo. Paris é descer pachorrentamente as ruas de Montmartre, ver os ateliês dos pintores, esbarrar nos teatros com cinquenta lugares e beber um café num tasco.
Paris é ter tempo para visitar as centenas de livrarias, passar umas horas na Shakespeare & Company, é respirar Saint- Germain.
Paris é saber que depois de visitar as galerias na Place Vosges há uma portinha que dá para a Rua de Saint-Antoine e ir ao mercado de rua, ver as mercearias.
Paris é beber um pichet em vez de uma coca-cola num qualquer fast food, iguais em todo o mundo. Paris é acabar a tarde a beber um copo no Le Départ em Saint Michel.
Paris é, se possível, ir jantar ao Procope (onde, se estivermos sozinhos ainda nos trazem o jornal) ou à Closerie de Lilas e acabar a noite na Le Caveau de la Huchette, a ouvir um bom jazz.
É esta a minha paixão secreta. Viver a cidade. Como dizia alguém, andar até nos perdermos, parar, beber qualquer coisa numa esplanada e continuar a andar até nos perdermos de novo.
Vista do Jardim das Tulherias (Jardin des Tuileries). Ao fundo encontra-se o Louvre e dos lado esquerda a Rua do Rivoli.
Vista da Avenida dos Campos Elísios (Avenue des Champs-Élysées )onde podemos identificar do lado esquerdo o Grand Palais e ao fundo o Arco do Triunfo e ainda consegue avistar as sombras dos edifícios de La Défense.
Vista do rio Sena. Do lado esquerdo a Torre Eiffel e mesmo em frente ao nossos olhos a famosa Ponte Alexandre III.
Recanto do Jardim do Luxemburgo
O restaurante Le Grand Café Capucine fica a poucos metros da Ópera de Paris.
A Roda gigante que se encontrava no fim do Jardim das Tulherias. Foi desta roda que tirei algumas das fotografias aqui apresentadas.
Muito obrigada pela visita. Voltem sempre!
Bons sonhos!!!
Fotografias @ginga
Paris maravilhosa
É verdade... Paris é sempre Paris...
Minha querida, este post vale ouro para mim. Dos mais fantásticos que já li aqui no Steemit. Parabéns e beijinhos grandes!
Obrigada minha querida... fico feliz por teres gostado. Paris inspira qualquer pessoa. Beijo grande!!
Belíssimo Post , parabèns
Muito obrigada @josferod2.
Meu Deus! Que fotos lindas! :) Também gosto de conhecer as cidades dessa forma, andar andar andar e conhecer cantos e recantos que são das gentes do local e não dos turistas :) Fui só uma única vez a Paris, era pequena, tenho muitas memórias, a mais vívida é do topo da Torre Eiffel em que se sente o vento a estremecer a torre! Lembro-me também da vista do Arco do Triunfo, os bairros todos em paralelo. Mas gostava de lá voltar e simplesmente me perder :)
Muito obrigada @helgapn. Uma segunda vez numa cidade dá sempre para a vermos com outros olhos. Abraço