As vozes da "guerra esquecida" do Iêmen falam, apesar dos obstáculos legais

A blogueira iemenita Afrah Nasser foi premiada com o Prêmio Internacional de Imprensa Livre deste ano pelo trabalho que abrange o conflito no Iêmen apesar dos muitos obstáculos enfrentados pelos jornalistas no país. Mas Nasser, que também detém a cidadania sueca, quase não foi capaz de participar da cerimônia de entrega de prêmios em Nova York, por causa da proibição de viagem dos EUA aos cidadãos iemenitas.

Após três petições e muitas cartas em apoio à sua candidatura, Nasser finalmente obteve seu visto da Embaixada dos EUA em Estocolmo, onde ela reside.

No Twitter, ela observou:

"Nunca tive fé no poder da mídia e da opinião pública como eu tenho hoje. Faz-me pensar em pessoas que não gostam do meu alto perfil na mídia. É por isso que precisamos expor a tragédia no Iémen, conhecida como o inferno, para que possamos ajudar a acabar com isso!"

Imagem de twitter.com/Afrahnasser

Enquanto Nasser fez muitos relatórios de sua casa na Suécia, os jornalistas iemenitas que trabalham no terreno enfrentam obstáculos muito graves.

Entre eles, o comentarista político e escritor Hisham Al-Omeisy, que foi detido pelos rebeldes Houthi sem explicação em agosto de 2017. Esta semana, foi relatado que Al-Omeisy foi preso por acusações relacionadas à sua correspondência com organizações com sede nos EUA.

Al-Omeisy tem tweetado ativamente sobre a crise humanitária e as violações cometido por ambas as partes em conflito no crise em curso no Iêmen. Ele também analisou e falou sobre o conflito para a mídia internacional, incluindo a BBC, CNN, Al Jazeera e NPR.

Por mais de dois anos, uma coalizão de rebeldes Houthi e forças leais ao ex-presidente autoritário Ali Abdullah Saleh tem lutado para conquistar o poder do governo internacionalmente reconhecido do presidente Abdrabbuh Mansour Hadi.

---

---

Fonte
Uma tradução para o português brasileiro feita por @andreluiz