... E acabou!

Há muito tempo que Rock não domina mais o festival, que foi se moldando a novos padrões no decorrer dos anos... No entanto, este ano em especial, o gostinho de gêneros musicais ficou ainda mais apurado e deu uma nova tonalidade de sons, atingindo um novo patamar de diversidade musical dividindo os mesmos palcos.

Além do palco Mundo e do palco Sunset, houve um destaque maior para o cenário da música Eletrônica (que ganhou palco próprio e não mais apenas uma tenda, cativando ainda mais fãs) e a inauguração do espaço Favela. Todas as novidades foram bem recebidas e imprimiram uma nova atmosfera que foi bem aceita pelo público.

Aqueles que acompanharam o festival (em loco ou pela TV) puderam constatar facilmente que além do Rock, do Pop e do R&B, o Rap e o Funk tiverem uma valorização que é considerada anormal para os padrões já conhecidos do Rock in Rio. Foi como poder assistir a ascensão desses dois padrões sonoros (ganhando visibilidade mundial) que ainda são muito esnobados e perseguidos pelo grande público.

Particularmente falando (apesar de não gostar de Funk e nem de Rap, além de também não ter um apreço particular por músicas Pop em geral), eu acho que a mistura é conveniente para refletir todo o tipo de público que existe (que é realmente diverso... ao contrário de décadas atrás) e principalmente porque cada estilo musical tem a sua verdade para mostrar e precisa ter espaço para isso.

No geral, foi uma festa muito bonita de se acompanhar e que conseguiu escrever momentos significativos na história do festival. Além dos mais diferentes tipos de sonoridade (indo desde os toques mais softs para as notas mais pesadas), houve muita união entre várias bandas e artistas (que se juntavam em apresentações compartilhadas) engajados com mensagens políticas / sociais e que cutucaram (em certos momentos, provocações totalmente explícitas que soaram como um soco certeiro no estômago) as inúmeras feridas que assolam o Brasil.

Em meio a tantos problemas que o povo brazuca enfrenta, esse tipo de festa acaba sendo um alívio em meio a tantos desafios diários (pode parecer algo fútil para muitas pessoas, cada um busca refúgio no que lhe convém)... E para quem curte o festival, basta esperar (e começar a ir juntando grana) até a próxima edição, que acontecerá em 2021.