#FILMOTECA# - "O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio" (2019)

in #movies4 years ago (edited)

Cinemaplus

Sinopse: A presença de um novo e modificado exterminador de metal líquido ameaça a segurança do planeta quando ele é enviado do futuro pela empresa Skynet para destruir uma híbrida de ciborgue com humana e seus amigos.

Há 34 anos o Cinema sofreu uma verdadeira revolução no que se refere a tecnologia dos efeitos especiais / visuais que ajudam a construir uma narrativa mais verossímil e mais impactante aos olhos do público. O responsável por essa inovação foi James Cameron e desde então, ele segue trabalhando incansavelmente em novas técnicas que ofereçam ao mundo uma nova e diferente forma assistir a um filme... Porém, infelizmente, com esta sequência o resultado não foi exatamente o que era esperado (pelo menos não pelos fãs dos dois primeiros filmes).

O Globo

Antes de mais nada é preciso entender que para comprar a ideia dessa sequência é preciso ignorar completamente todos os filmes que se seguem após O Exterminador do Futuro: O Julgamento Final e também, o fato de que o retorno de Cameron a essa franquia é apenas no papel de produtor. Um vez dito isso, talvez seja possível justificar porque o filme realmente não conseguiu emplacar tudo o que havia prometido nos materiais promocionais (e todo o poder nostálgico que estava incutido neles).

Funcionando como uma terceira parte dentro do universo da franquia, o filme não consegue ser superior aos seus antecessores e apesar de todos os esforços, sequer consegue se comparar ao que já foi visto anteriormente. Apesar de tentar espalhar novos elementos à trama, a grande aposta do roteiro é investir no saudosismo oitentista (algo que certamente surtiu efeito em muitas pessoas) com uma nova roupagem. O problema é que essa jogada funciona até um certo ponto... Depois, as semelhanças com o segundo filme da franquia ficam cada vez mais aparentes e tudo não consegue passar de uma grande - e bela - homenagem (ou até mesmo uma espécie de "remake").

Bode na Sala

Na prática, isso não é algo ruim (porque o segundo filme é um dos melhores de toda à franquia)... Porém, o que realmente incomoda aqui é o fato de que quanto mais o roteiro se esforça para entregar algo diferente, menos identidade própria ele consegue criar porque não conseguir desenvolver uma linha narrativa que o diferencie enquanto uma sequência que deveria ser original. Não há nada de muito singular aqui, então... Não espere assistir a um filme com potencial para futuras sequências.

Ao longo da projeção (que acontece após o dia do julgamento) (que se passa 27 anos depois do julgamento final), à trama tenta se impôr ao espectador pelas suas grandiosas, criativas e violentas cenas de ação (sem dúvida, um dos pontos mais altos do filme), mas uma vez que elas momentaneamente cessam (o lado bom desse aspecto é que existem muitas delas), ela volta a se alimentar de toda à nostalgia que a cerca de uma forma que chega a causar um certo incômodo. Por vezes, uma sensação se vazio se instala em meio à narrativa e isso prejudica ainda mais o seu desenvolvimento.

Telecinético

Embora os retornos de Sarah Connor e do Exterminador original (personagens icônicos que ainda funcionam muito bem juntos) tenha sido uma interessante adição ao roteiro, as presenças tão aguardadas de Linda Hamilton e Arnold Schwarzenegger apesar de serem relativamente funcionais, apenas reforçam a nostalgia na qual o filme se baseia. Muito provavelmente, a falta deles iria acarretar em uma perda de impacto muito grande no resultado final, que naturalmente seria algo muito frustrante (considerando a extrema importância desses personagens para a franquia).

Os novos personagens tenta ser diferenciados e eles até tem momentos interessantes. O elenco que os trás a vida (Gabriel Luna, Natalia Reyes e Mackenzie Davis), apesar de não se conectar entre si muito bem na tela, consegue entregar um trabalho razoável e que não compromete a história como um todo. Por outro lado, é preciso ressaltar que esse combo representado falta de química e melhores atuações é um dos responsáveis diretos pela falta de energia que é vista nos momentos mais dramáticos e que também ajudam a diminuir a qualidade do filme.

AdoroCinema

Essa nova jornada tem uma produção extremamente bem feita (e não poderia ser diferente, afinal... é um trabalho do criador original da franquia) e seus aspectos técnicos são praticamente irretocáveis. Com um ritmo frenético repleto de cenas de ação explosivas, tudo é muito bem executado afim de causar um grande impacto visual (algo que o filme consegue fazer sem ter que se esforçar muito para isso acontecer) e disso, ninguém pode reclamar.

Os efeitos especiais / visuais são um acessório de luxo que é exaltado em toda à sua plenitude. A necessidade deles é vital para tornar esse mundo real e solidificar toda a mitologia que foi criada, tornado-a crível em sua objetividade. Uma importância semelhante deve ser atribuída a trilha sonora, que desempenha um papel indispensável em meio à toda construção da narrativa e isso se dá por ela ter se transformado em um elemento fundamental ao longo dos outros exemplares.

Project Nerd

Não seria injusto dizer que uma parte dessa falha deve ser atribuída ao diretor Tim Miller, que apesar de trabalhar com um roteiro mediano em mãos, não consegue extrair melhores performances do elenco. Ele também não consegue entregar um trabalho muito consistente (embora existem alguns momentos consideravelmente bons onde é possível enxergar algum esforço) porque por várias vezes o filme perde o foco e parece apenas estar reciclando alguns acontecimentos, sem muita originalidade.

A sensação de assistir a esse filme é de que, de fato, ele só consegue funcionar para quem já assistiu aos dois filmes anteriores... Não apenas por ser uma continuação (o que seria algo mais do que óbvio, afinal, existe uma linha narrativa que sendo boa ou ruim precisa ser respeitada para que haja uma compreensão dos fatos), mas porque só é possível enxergar alguma relevância nele se um paralelo com as suas duas sequências existentes for traçado.

Aumanack

Eu chego a conclusão de que O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio é realmente um filme em intencionado (e que vale à pena ser visto no Cinema por suas qualidades técnicas), mas visivelmente carente de inspiração e sem muito à oferecer depois que os créditos finais começam a aparecer na tela, revelando a sua opacidade em meio a tudo o que já é conhecido na história da franquia.


LINK DO FILME:
https://www.themoviedb.org/movie/290859-terminator-dark-fate?language=pt-BR

MINHA NOTA: AA (7,5/10)

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