Homo Digitalis: Conecto, logo existo
Comecei meu contato com computadores aos 9 anos de idade. Era um 486 DX4. Não sou da mesma época dos pioneiros brasileiros que precisavam de um razoável domínio de elétrica/eletrônica para operarem um computador. Também não sou da nova geração que provavelmente nem sabe como usar um telefone de disco¹.
Acho que como a grande maioria de Josés e Franciscos do atual mercado de trabalho estou ali no meio: Usei internet discada depois da meia noite para pagar menos, comprei daquelas revistas com CDs de 1000 jogos em flash que não valiam 1, perdi vários disquetes por simplesmente serem feitos para se perder, já ganhei dinheiro formatando PC e reinstalando para pessoas que achavam PCs coisas extremamente complexas (e acabei gastando na revista com o CD de 1000 jogos e disquetes novos).
Tive ICQ, MSN Messenger, namoro virtual,virus no computador por causa de link P2P e fiz capas de trabalho com aquela horrível fonte Comic Sans ou com um Wordart de cor berrante me achando o Michelangelo de minha Sala. Acho que essas experiências ajudam a identificar melhor minha época do que datas. Todos que desbravaram esse mundo nessa época sabem o que quero dizer.
Mais tarde me formei em Ciência da Computação, trabalhei com suporte técnico por telefone, presencial, ERP e hoje administro uma centena de Virtual Machines, parte delas Migrando para uma Cloud. São meus filhos que de tempos em tempos me mandam alertas via SMS para me lembrar que nunca estou 100% de folga.
Me considero parte de uma geração digital. Esses termos são comuns para mim, fazem parte do meu cotidiano profissional e pessoal e têm feito parte da vida de pessoas que não são diretamente ligadas à Tecnologia da Informação. Afinal, internet hoje é tão importante e uma casa quanto água e luz (para alguns talvez até mais importante). Por isso comecei a refletir mais seriamente sobre como isso impacta a maneira como vivemos.Quais as oportunidades, riscos e mudanças.
Quando era mais jovem eu imaginava os computadores rapidamente assumindo todas as nossas tarefas chatas e cotidianas. No fim teríamos mais tempo para nós mesmos e conseguiríamos fazer muito mais “coisas legais”.Seja lá o que isso quisesse dizer na época. Inclusive isso é o que o Marketing diz até hoje. A sensação é que qualquer pessoa poderia conquistar o mundo através da máquina. Comprar pela internet, conversar com pessoas a milhares de quilômetros e toda a conversa que já conhecemos
O que se vê é que para a maioria das pessoas é que o meio se tornou um fim. É fato que conseguimos fazer mais coisas em menos tempo e conseguimos atender mais pessoas do que conseguiríamos a não muito tempo atrás. Porém algo se perdeu no caminho. Usamos nosso tempo livre para continuarmos presos a “nosso libertador”. Entramos num ciclo de incríveis soluções para problemas que não existiam.
Fonte: Pixabar
Tratamentos de desintoxicação digital, dificuldade de foco causada pela sobrecarga de informação que culmina no congelamento tomar de decisões, proliferação de fake news, limites de horário e espaço de trabalhos extrapolados e relacionamentos distanciados. As coisas acontecem muito mais rápido do que estamos preparados e quando abraçamos uma novidade absorvemos muito dos problemas dela sem nos darmos contas.
Este espaço onde compartilho esse texto, o Steemit, é um exemplo disso: uma plataforma social digital de compartilhamento de conteúdo onde você pode ser recompensado com uma moeda digital que é negociada em uma plataforma descentralizada. Desafio a explicar esse conceito à sua avó, ou mesmo sua mãe. Além de sua família, o próprio sistema financeiro está tentando entender quais os impactos benéficos e não benéficos desse novo avanço digital. Como aproveitar a nova onda tecnológica sem se afogar nela?
É uma pergunta que deve ser feita não só por empresas mas por nós mesmos. E é esse debate que gostaria de trazer nesse e nos próximos textos. Não só isso, mas também explorar com participação da comunidade todos os reais benefícios para trabalhos, estudo, relacionamento, finanças e uso do tempo para a nova humanidade que já nasce ligada à Matrix.
Notas
¹ Para entender a referência ou para descobrir o que é um telefone de disco: Telefone Nutella
² Sugestão de Leitura. A Geração Superficial: O que a Internet está fazendo com nossos cérebros
I think you are a talented person indeed and hope you will do your best here on steemit.welcome
Thanks, jackorobin. It's my first post but I would like to explore this community much more.
Opa, seja muito bem-vindo, @well.sud! Me identifiquei com o teu texto :D Muito interessante essa transição para o digital, não é mesmo? E como tudo na vida, tem benefícios e traz alguns problemas também, tem que aprender a usar com moderação. Blockchain é a novidade da vez e parece coisa de outro mundo ainda, mas a minha mãe já entende e está querendo abrir uma conta aqui também :D
Legal. Eu acredito muito que essas inovações trazem mais benefícios do quemalefícios senão nem se consolidariam, mas assim como um carro é uma ferramenta legal e uma grande responsabilidade que pode afetar vidas ou te falir todas essas tecnologias têm que ser entendidas com responsabilidade
Belo post. É um debate muito bom. Venho refletindo nos últimos meses sobre isso. E cada vez que leio, entendo de alguma forma, que já na próxima semana está ultrapassada.
Ninguém consigo explicar esse conceito, até eu tenho um pouco de dificuldade de entender, é claro que é processamento e armazenamento de dados, criado a partir do per to per, a validação de um pelo outro em rede, criando um bloco de notas imutável.
O próprio steem usa a graphene, uma blockchain em blocos, um fim para um meio, como se auto definem, com as witnneses responsáveis pelos nodes e processadores das coins, mineradas pela formação de dados da comunidade, no steemit, steepshot, zapll, d-tube,d-sound, d-live, sendo muito mais rápido e superior ao próprio ethereum. E sem ad.
Já se tem o valor de moeda investido, milhares de robôs e usuários processando e produzindo dados e fazendo serviços de rede, e de tradding, é uma tecnologia que se sustenta só pela tecnologia.
A blockchain 4.0 já saiu também. Empresas com ICO de minérios, e os próprios bancos privados já entraram nesse mercado, que se propõe a ser descentralizado e que luta para tal, ICO de tudo que se imagina, e de defesas também, a validação de uma rede online a todo momento, com computadores pessoais e servidores, além de fazendas de servidores.
Como isso será em termos de descentralização de renda, fiscalização de corrupção do dinheiro publico e privado, contratos inteligentes, dinheiro da própria corrupção, evasão de divisas, como o governos vão se portar diante desse cenário, o governo brasileiro tem condições de debater esse assunto hoje, conseguiremos ser uma sociedade realmente democrática com a blockchain ou tem muito dinheiro se concentrando em criptomoedas também, ???
Perguntas que o tempo trará, talvez em nosso tempo ainda, já que acompanhei a internet de telefone, e bate papo uol, mirc, e icq, peguei final era do disquete, mas joguei muitos jogos em flash daquele CD-ROM com revista, que vinha milhares de jogos. O steemit é um avanço, é só questão de tempo para ser bem maior do que é, as SMT irão mostrar isso. E assim como apostei no bitcoin e ethereum, e não me arrependo, enquanto aguardamos respostas, estou aqui apostando que podemos fazer muito mais com conhecimento e tecnologia para nossa população e tentar diminuir esse desigualdade que vejo todos os dias no meu trabalho, a ferramenta tem todos os potencias na mão humana, guia-las ao caminho de servir a humanidade, acredito ser uma função importante.
Essa é minha postura também @matheusggr descobrir e sempre que possível compartilhar. Tudo que é diferente faz muito ruído mas se as pessoas entram mais conscientes (e nós podemos ajudar nisso) os possíveis riscos são diminuídos e o efeito de bem estar tem mais alcance e é maior de forma geral.
Ano passado participei de um workshop sobre blockchain e políticas públicas no local onde trabalho. Deu para ter uma ideia muito legal dos projetos de alguns grupos e universidades.
O uso de contratos inteligentes como forma de reduzir corrupção, o uso da blockchain para imigrantes mandarem dinheiro para familiares usarem em uma rede própria do comércio local, A postura do governo federal de acordo com uma de suas repersentantes.
Vou até incluir um texto sobre isso em posts futuros provavelmente. Esse foi só introdutório mesmo
E já foi um grande texto introdutório. Estarei acompanhando e discutindo esses assuntos, que são necessários, sempre é bom refletir. Obrigado pela discussão.
Excelente reflexão. Identifiquei-me com boa parte das coisas antigas (as revistas de mil jogos, por exemplo hahahaha).
O ponto reflexivo é muito importante. Aponta para o futuro. As novas gerações já estão vivendo um tipo de interação com a máquina que ultrapassa o que nós conhecemos. Eu diria que é um mistério onde tudo isso nos levará. A ficção tenta sempre se colocar um passo adiante no entendimento desse novíssimo mundo, mas a ela quase sempre escapa o elemento psicológico que é muito influente. Nós estamos construindo os novos meios de relação com a máquina todos os dias, seguindo trilhas imprevisíveis... A popularização da rede, o uso dela para fins não tão nobres quanto os que almejavam seus arquitetos, a dissolução da individualidade em meios sociais e identidades virtuais... Tudo é muito perigoso e oferece uma dupla-face que maravilha pessimistas e otimistas.
Confesso que temo um pouco o que o futuro nos aguarda, mas estou muito curioso para descobrir!
E são tantas coisas a se abordar, mercado de trabalho, relações pessoais, aprendizado e excesso de informação, nossa relação com os bens e o uso do nosso tempo. No final faz nos repensar e definir o que é realmente humano quando parace que a máquina consegue extrair todo o resto. è o ponto onde decidimos nos encontrar de verdade ou nos perder em meioa um entrenimento sem fim numasobrecarga de informação.
Bem-vindo, @well.sud! É bom ver a comunidade crescendo, vamos nessa ;)
Muito Obrigado @brazilians
Bem vindo ao Steemit! Sucesso e boa sorte mais uma vez!!