Obesidade Infantil e o seu impacto

Obesidade Infantil e o seu impacto

De acordo com pesquisas fidedignas (1), a prevalência de crianças obesas dos 6 aos 11 anos tem aumentado ao longo dos anos. Em 1960, 1994 e 2000 identificaram a prevalência em 5%, 11% e 15% respetivamente. A obesidade na infância tem consequências de curto prazo, como efeitos adversos no crescimento, pressão arterial, doenças respiratórias etc.

A longo prazo há um maior risco de hipertensão, doenças cardiovasculares, osteoartrite, entre outras.

De referir, também, outras consequências como a baixa autoestima e transtornos alimentares.
Crianças obesas têm maior probabilidade de persistirem obesas na idade adulta, principalmente quando são obesos na adolescência.

Isto significa, por um lado, que o ambiente, nutrição, hábitos/estilos de vida durante a infância e adolescência vão, de certa forma delinear a saúde de cada um, tendo consequências futuras.
Em 2003, o Departamento de Saúde e Higiene Mental da cidade de Nova York e o Departamento de Educação identificaram 20% de prevalência de obesidade por sexo, raça/etnia, nas crianças do jardim-de-infância ao quinto ano, em escolas públicas em Nova York.

Segundo a nutricionista Sylvia Elisabeth Sanner(2), cerca de 10% das crianças brasileiras são obesas, a obesidade infantil aumentou cinco vezes nos últimos 20 anos no Brasil.
Este aumento foi agravado por mudanças nos hábitos alimentares, maior oferta de produtos hipercalóricos e inatividade física. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística):

"Quase 50% dos adolescentes comem fora de casa no dia a dia. Entre os itens mais consumidos na rua estão salgadinhos (fritos, assados ou industrializados), pizza, refrigerante e batata frita."

De acordo com o Inquérito Nacional de Saúde de 2014 (3) elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), 4,5 milhões de pessoas (quase metade da população) em Portugal encontravam-se com excesso de peso ou obesidade , sendo que 1,4 milhões eram obesos.

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Nutrição e fatores ambientais

Várias pesquisas têm demonstrado que as crianças mais pobres tendem a comer menos frutas e legumes e uma maior ingestão de gorduras saturadas, propiciando o excesso de peso. Desta forma, é necessário melhorar a nutrição e aumentar a atividade física para prevenir o excesso de peso. Os modos de tratamento e educação para a saúde devem envolver toda a família para esta mudança de comportamento. Pela praticidade e baixo custo, muitos pais optam por alimentos industrializados que possuem um baixo valor nutricional. Com o avanço das tecnologias, as crianças praticam actividade física com pouca regularidade, desta forma não perdem as calorias ingeridas nas refeições. A falta de movimentação causa o sedentarismo, o que causa o aumento do peso. Crianças que dormem pouco também podem sofrer com o aumento de peso.

Referências bibliográficas
(1) Ogden CL, Flegal KM, Carroll MD, Johnson CL. Prevalence and trends in overweight among US children and adolescents, 1999–2000. JAMA. 2002;288: 1728–1732.
(2) Obesidade infantil. Criança com sobrepeso, consultado em: https://br.guiainfantil.com/obesidade-infantil/112-obesidade-infantil-.html
(3) Instituto Nacional de Estatística. Inquérito Nacional de Saúde 2014. 2015.