Chá com Filosofia #6 - Quanto mais conhecimento mais infelicidade?
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Até agora já tivemos algumas participações na edição #1:
Marteladas #2 - Nietzsche o Filósofo do Martelo - por @joaoprobst
#Filosofando |Pedir conselho para a nossa "morte" - por @pedrocanella
#Filosofando | YouTubers Populares = Filósofos Modernos? por @wiseagent
Participe você também!!
Hoje volto com uma série aqui do blog que estava um pouco acabada, mas que eu acredito no seu potencial.
Veja a última edição:
Chá com Filosofia #5 - A moral é relativa?
Essa série vai de encontro com o projeto #filosofando, alias o projeto até começou nesta série, se trata de uma conversa filosófica leve, mas nem por isso com falta de conteúdo, sente-se, tome uma chá, ou não se preferir, e vamos filosofar!
- Arthur Schopenhauer
Nossa sociedade tem vários problemas, fome, violência, drogas etc., uma vida que vivemos sem refletir as causas e origens desses maus é uma vida mais tranquila, pelo menos em aparência.
Quanto mais lemos, adquirimos conhecimento e refletimos sobre as coisas a vida torna-se menos colorida, porque conhecemos mais sobre o lado "podre" do mundo, e pior, mais conhecemos sobre nós mesmos.
Esta infelicidade ocorre porque na medida que o indivíduo desenvolve um senso crítico, o pensamento racional, ele corrói falsos conhecimentos, falsas crenças e verdades, que sustentavam seu modo de ser, que era a razão da sua felicidade.
Mas eu acredito que esta angústia, que beira no niilismo, é transitória, uma fase no qual o ser racional abandona uma falsa felicidade, sim porque ela é baseada em forças enganadoras, para então alcançar uma felicidade autentica.
Afinal de que vale a felicidade se estiver afastada da razão?
Até porque a felicidade não é contínua, não é possível ser feliz sempre, 24 hs/dia, 7 dias por semana, é uma questão de momento, é um processo evolutivo que tem haver com o aprendizado sobre o próprio eu.
Portanto, quando aprendemos sobre o mundo aprendemos sobre nós mesmos, esta suposta infelicidade vem justamente da falta de capacidade de lidar com seu próprio eu, saber lidar com seu interior é o caminho para a felicidade, podemos concluir, então, que o conhecimento não é inimigo da felicidade.
E você qual é a sua opinião? Quanto mais conhecimento mais infelicidade? E sobre isso ser transitório? Participe nos comentários!
Até a próxima! Obrigado Steemit!
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Parabéns, seu post foi selecionado pelo projeto Brazilian Power, cuja meta é incentivar a criação de mais conteúdo de qualidade, conectando a comunidade brasileira e melhorando as recompensas no Steemit. Obrigado!
Essa questão é uma reflexão que me atormenta desde sempre. Eu tenho uma trajetória pessoal que me fez ter contato com pessoas de diferentes áreas de conhecimento: filosofia, antropologia, engenharia, física, economia etc. Nesse percurso, eu acabei encontrando pessoas absurdamente geniais e elas constantemente apresentaram inúmeros problemas psíquicos, depressão, incapacidade de socialização etc.
As taxas de suicídio na pós graduação por exemplo, são altíssimas, corroborando com essa teoria. No meu caso, o mestrado foi uma tortura sem fim, saia de todas as aulas exausta, triste e muito abalada com as discussões. Uma tristeza sem fim.
Eu observo também uma certa disparidade dessa questão na área humana vs exata. Meus companheiros de humanas são constantemente mais mórbidos e com propensão à loucura do que os companheiros engenheiros, que constantemente estão falando de festas, eventos e assuntos “mais leves”. Não que o ponto seja “mais ou menos conhecimento”, mas talvez quão profunda é a reflexão.
Por exemplo, as aulas de uma pessoa de humanas constantemente é refletindo sobre a origem da desigualdade entre os homens, é impossível você fazer uma reflexão profunda sobre isso e sair feliz, satisfeito, independente de quão boa for sua reflexão. Ler que a origem da desigualdade entre homens e mulheres é por que as mulheres tem inveja do pênis é bem chato se você é mulheres.
Agora, se você é engenheiro e automatizou uma tabela maravilhosa, cheia de funções, a chance de felicidade, independente do “quão trabalho e quanto conhecimento” foi necessário, é muito maior.
Agora, se esse engenheiro está extremamente envolvido com seu trabalho, apaixonado e super dedicado, a chance dele estar meio louco, com problemas pessoais e psíquicos é realmente grande.
Eu tive uma professora de literatura que sempre dizia: É apenas na tristeza que crescemos. Talvez seja o custo do tipo de civilização que queremos construír.
eu acredito que podemos mudar este cenário, mestrado em que área você fez? Obrigado pelo comentário, foi excelente!
Conhecimento é algo muito complexo, campo extenso e repleto de questionamentos, e quanto mais nos aprofundamos nos mares do conhecer, a infelicidade pode começar a aparecer...
Uma vez li a seguinte frase: "Quanto mais conhecimento adquirimos, mais sombrio o mundo se revela". Assim, à medida que vamos adquirindo conhecimentos, a dúvida vai reinando em nossas vidas, e uma imensidão de porquês!!!
Contudo, acredito que isto, é bem individual, e cada um teria um comportamento, outros bem melhores, quando reencontram o seu "eu".
Parabéns pelo post @joaoprobst, ótimas indagações filosóficas!
mas vai também como cada um lida com o conhecimento e com o mundo ne, acho que nós aprendemos a adquirir o conhecimento, mas na escola e faculdade não somos preparados psicologicamente para lidar com o conhecimento, @handrehermann poderia dar a sua opinião nessa parte da psicologia?
Sim @joaoprobst, como o conhecimento é algo individual, cada um lhe dar da forma, que entende, podendo agregar o conhecer, escutando a opinião do próximo, afinal, aprender a escutar diversas opiniões é bem importante, para o crescimento pessoal!
Claro, toda opinião será bem vinda, chama o handreherman...
Obrigada!