#FILMOTECA# - "Woody Woodpecker" | "Pica-Pau: O Filme" (2017)

Fonte: Divulgação (Nerd List)

Sinopse: O travesso Pica-Pau está metido em mais uma briga por território. Os inimigos da vez são o vigarista Lance Walters e sua namorada Vanessa. Precisando de dinheiro, eles estão determinados a construir uma extravagante mansão na floresta e lucrar com sua venda, mas Pica-Pau também mora no terreno e não pretende deixá-los em paz.

Sem dúvidas, essa é um dos desenhos que marcou a vida de muitas crianças que hoje são adultos... Então, torná-lo em um filme de longa-metragem com um desafio extra de ser uma mistura entre desenho animado interagindo com atores reais não seria uma tarefa fácil e um dos motivos principais que serve como barreira, é o status icônico que o desenho tem. O processo de produção é quase um campo minado, onde é preciso muito cuidado para não errar a mão e infelizmente, Pica-Pau: O Filme erra demais (erra pesado mesmo!).

Fonte: Divulgação (Netflix)

Quando algum estúdio tem a ideia de transformar um desenho em filme, a complexidade aumenta drasticamente porque os envolvidos tem o objetivo de agradar não apenas a geração mais antiga, mas também, agradar a geração mais nova e essa adaptação consegue a proeza de não acertar em nenhum dos dois aspectos, porque o filme é - literalmente um desastre.

O roteiro é terrível (realmente, é de doer!). A coerência entre os acontecimentos é mínima e a relevância dos fatos é pífia. Enquanto eu assistia ao filme, eu ficava me perguntando: "Como é que um roteiro escrito praticamente a 8 mãos resultou nesse desserviço?". A história não funciona em nenhum sentido: não envolve, não faz rir, não provoca nenhum tipo de nostalgia, não tem nenhuma cena marcante... Enfim, a trama não passa de uma grande e contínua sucessão de erros colossais.

Fonte: Divulgação (Geeks Of Doom)

Alex Zamm já pode adicionar esse projeto a sua lista de piores filmes, porque é incrível o quanto todo o potencial do material original é desperdiçado. Nada, absolutamente nada da essência do passarinho maluco da cabeça vermelha aparece na tela (no máximo, lembrando - de longe - aquela versão do pica-pau adulterado, que mais parecia estar drogado em todos os episódios... lembram? haha!).

Não uma única cena em que se possa constatar algo de positivo no trabalho de Zamm. Até me arrisco a dizer que ele sequer tenha lido o roteiro, porque durante todo o filme as cenas não se encontram. Tudo acontece do nada, é resolvido sem maiores explicações e não leva a trama a lugar nenhum! É praticamente um círculo vicioso (e muito preguiçoso).

Fonte: Divulgação (Pinterest)

O elenco não poderia ter sido pior (e tem atá uma brasileira, Thaila Ayala, passando uma vergonha caprichada na pele de uma patricinha sem-noção que não serve nem para ser figurante). Todos - sem exceção - são péssimos (e os personagens que cada um deles interpreta consegue ser pior ainda). Eles não se entendem na tela e a interação com o CGI (vale mencionar, um péssimo trabalho da equipe de efeitos visuais!) além de ser pobre, é bem desencontrada e na maior parte do tempo soa muito falsa.

Em um último esforço para fazer alguma coisa funcionar, nem a tão famosa trilha sonora curte efeito. O erro todo nessa questão está ligado a questão da descaracterização completa da melodia... A música está simplesmente irreconhecível, e as novas composições não conseguem acertar em nenhum momento (empobrecendo ainda mais a história por completo).

Fonte: Divulgação (E! News)

Confesso que fiquei muito decepcionado com esse filme, nunca achei que um dia iria dizer que assistir a alguma aventura do bicador de madeira seria uma experiência terrivelmente entediante, mas Pica-Pau: O Filme é um daqueles filmes que você deve evitar e correr léguas para não perder seu tempo (no meu caso, eu tive que perder porque na ocasião eu estava fazendo o favor de cuidar de dois primos pequenos, com 3 e 5 anos... haha!).