#FILMOTECA# - "Valérian et la Cité des Mille Planètes" | "Valerian e a Cidade dos Mil Planetas" (2017)

in #filmoteca5 years ago (edited)

Fonte: Divulgação (Freakin Geek)

Sinopse: Valérian é um agente viajante do tempo e do espaço que luta ao lado da parceira Laureline, por quem é apaixonado, em defesa da Terra e seus planetas aliados, continuamente atacados por bandidos intergaláticos.

Quem conhece o trabalho do Luc Besson como diretor, sabe o quanto ele gosta de ousar em seus projetos. Tramas com um viés pomposo são constantes e com Valerian e a Cidade dos Mil Planetas, nessa questão, aumenta o currículo dele com exatidão, mas quando o assunto é força e relevância de conteúdo, o filme fica no saldo negativo.

Fonte: Divulgação (Le Cine)

Uma vez mais, um futuro de proporções apocalípticas iminentes é o cenário que Besson escolhe. Aqui, um mundo completamente novo e habitado (em sua maioria) por seres estranhos que "coexistem" com seres humanos de uma maneira nada amigável. Populações divididas em "clãs" mantém um lugar com mil planetas (sim, é isso mesmo que você leu... mil planetas!) que servem de abrigo para uma nova população de seres que está prestes a entrar em extinção por um ataque orquestrado de maneira inesperada.

Em meio a uma nova missão e também em busca da verdade para o ataque surpresa, os agentes do tempo e do espaço Valérian e Laureline juntam forças para desvendar o mistério. Logo, essa missão torna-se a maior e mais perigosa da carreira deles, por colocá-los no centro de uma conspiração da qual eles não fazem a menor ideia.

Fonte: Divulgação (Demotivateur)

Os nada carismáticos (e péssimos atores) Dane DeHann e Cara Delevigne dão vida aos protagonistas (vale ressaltar, personagens extremamente desinteressantes, nada criativos e pobremente trabalhados... tanto pelo roteiro, quanto pela direção e por eles mesmos, uma dupla horrível) de uma maneira nada verossímil, e de quebra, exalam antipatia e falta de talento na tela como um hidrante quebrado jorrando água descontroladamente.

Até hoje eu não entendo como o Besson pode concordar com uma dupla tão ruim assim para o filme dele (onde a única que se salva, é justamente quem não é atriz, a cantora Rihanna em uma participação muito divertida e ousada) e deixar tudo correr solto sem demonstrar o menor comprometimento com isso. É um filme bem fora da curva para o que ele costuma fazer na cadeira de diretor.

Fonte: Divulgação (Spotern)

Besson está no comando de um filme com uma história extremamente risível. Nada se aprofunda nela (a não ser as tentativas falhas do roteiro em oferecer investidas intergalácticas de mal gosto e extremamente caricatas, excluindo todo o potencial do filme em ser visto como algo "sério") e tudo só piora a medida em que o filme vai se "desenvolvendo".

A trama não envolve e tudo é aparentemente desligado de conexões mais fortes. São 1.000 planetas que fazem apenas menção ao título do filme. É claro que eu não esperava por uma abordagem dos 1.000 planetas, porém, algo mais imersivo seria essencial para dar ao filme a proporção que o mesmo constrói no seu primeiro ato e principalmente, para fidelizar o que ele tenta mostrar na conclusão do clímax no terceiro (que por sinal, é muito fraca... quase apática para um filme dessa magnitude futurística).

Fonte: Divulgação (Alló Cine)

Valerian e a Cidade dos Mil Planetas é um feito pensado para o deleite unica e puramente visual (porque os efeitos especiais realmente são ótimos, e são - de longe - o destaque de todo o filme, mas para quem busca algo além do que os olhos conseguem enxergar, é melhor escolher outro filme do diretor (sim, ele tem filmes bem melhores!).

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