#FILMOTECA# - "Entrapment" | "Armadilha" (1999)

in #filmoteca5 years ago (edited)

Fonte: Divulgação (IMDb)

Sinopse: Enquanto a investigadora de seguros Virginia Gin Baker trabalha em uma investigação sobre o roubo da obra envolvendo Rembrandt, ela suspeita que Robert "Mac" MacDougal seja responsável. Gin decide então se disfarçar e ajudar Mac a roubar um valioso artefato para descobrir as suas verdadeiras intenções.

No mundo da espionagem (um dos temas mais recorrentes dentro do universo cinematográfico) vale tudo para conseguir o que se quer. Não são medidos esforços e alianças para se chegar ao objetivo final e, ao que parece, quanto mais complicadas são as missões, mais aumenta a sedução pelo perigo e pelas novas aventuras. Em Armadilha, o público viaja - literalmente - nessa realidade, onde é possível embarcar em uma jornada de intrigas que é repleta de reviravoltas.

Fonte: Divulgação (World Movies)

Um dos maiores trunfos desse filme (vale mencionar que é algo que é feito com muito afinco) é fazer com que o telespectador duvide, a todo momento, das verdadeiras intenções dos protagonistas e até onde eles estão dispostos a ir para completarem as suas missões (sejam elas de cunho pessoal ou meramente profissional... tudo pelo prazer da arte de roubar).

Essa tensão, por si só já seria um ótimo argumento para sustentar toda a narrativa de forma bem consistente (e atraente o suficiente para gerar uma atmosfera cada vez mais elaborada, criando camadas bem acentuadas no filme como um todo que aumentam ainda mais a complexidade da trama), mas o roteiro vai muito mais além do que o inicialmente previsto, e prepara um verdadeiro campo minado envolvendo uma perigosa relação entre Mac e Gin.

Fonte: Divulgação (The Wrap)

Protagonizado por Sean Conner e Catherine Zeta-Jones (que além de entregarem ótimas atuações, tem uma química visivelmente forte na tela... oferecendo quase que automaticamente uma credibilidade a mais para a trama que está sendo construída), a história mergulha em um viés que ultrapassa a barreira da espionagem clássica (embora haja muito dela durante todo o filme) e que além de modernizar esse aspecto, faz dos seus personagens principais peças chaves para desenvolver dilemas internos que são jogados na tela de uma forma desafiadora.

As faíscas são constantes quando Mac e Gin se enfrentam e começam a desconfiar excessivamente um do outro (e o público vai junto, aumentando a expectativa pelos acontecimentos que ainda estão por vir). A tensão que se estabelece na aliança que eles decidem fazer fica sempre mais acentuada quando as suas máscaras começam a cair, e as verdadeiras motivações começam a surgir. Confiar ou não confiar é o jogo mais perigoso entre eles... Mas eles precisam unir forças para realizar uma missão, talvez algo maior até do que o potencial que eles possuem como dupla, de proporções gigantescas.

Fonte: Divulgação (Cinemaland)

Esse ar de espionagem moderna que o diretor Jon Amiel oferece para a narrativa é de um extremo bom gosto. A intensidade acerca de como os acontecimentos vão sendo apresentados para o telespectador e em como esses mesmos acontecimentos são desenvolvidos não apenas pelo roteiro, mas também pelo ótimo trabalho de Amiel (que aliás, domina a cadeira de diretor com muita propriedade e segurança) é organicamente latente, criando uma instigação ainda maior por parte do telespectador em ficar cada vez mais atento aos detalhes da trama.

Tudo nesse filme é muito bem arquitetado (a precisão de alguns elementos, inclusive, é algo bem detalhista). Desde as muitas reviravoltas bem elaboradas (muito inteligentes e sempre acontecendo de forma natural e convincente), até as cenas que misturam ação e suspense de uma maneira envolvente e instigante (com direito a um clímax de tirar o fôlego em um cenário de cair o queixo!).

Some esses fatores a uma trilha sonora caprichada (que facilmente enaltecem as cenas em que estão presentes), uma fotografia bem pontual e uma edição de cenas que sabe exatamente o que quer mostrar ao público... E pronto, está completo um combo explosivo para uma história que prende até as surpresas do último minuto.

Fonte: Divulgação (Critical Reviews)

Armadilha é uma mistura eficiente (e em muitos momentos é até bem audaciosa - no melhor sentido da palavra - por conseguir repaginar de maneira tão intrigante um gênero cinematográfico tão clássico) de suspense, espionagem e ação que certamente vai agradar a qualquer fã dos três gêneros (e com certeza, ainda mais a aqueles que apreciam a todos eles em um mesmo filme).

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