Facebook tem uma agenda identitária

Estou convencido de que o Facebook tem uma agenda política identitária. Não porque vejo casos por aí ou porque ouvi falar, mas por sofrer na própria pele.

A página que criei, "Eu defendo a liberdade de expressão, MAS", foi despublicada pelo menos pela quarta vez em um mês, sem ferir as diretrizes de páginas do Facebook e, pior, sem qualquer explicação por trás da rede social. Nós simplesmente perdemos acesso às quase 13 mil pessoas que curtiram a página ao longo desses vários meses, uma página que defende a liberdade de expressão de modo racional e argumentado.

O mecanismo que temos para reaver o acesso ao nosso público é fazer uma apelação que não nos permite argumentar em causa própria, e que não passa de um botão que você aperta e que te faz esperar o bom grado da rede social para te liberar do cantinho da vergonha. Já fiquei bloqueado mais de uma vez por ter dito palavras que são entendidas pela rede social como ofensivas, já fui sinalizado por denunciar ameaças de pessoas anônimas que vieram me alertar para que viveriam me denunciando para ferrar meu alcance na rede social.

Não tem como não associar essa perseguição ao meu conteúdo, e ao conteúdo de outras pessoas que conheço, como sendo uma perseguição contra um tipo de ideologia mais liberal e crítica a certos modismos culturais que vêm se estabelecendo na Internet. Trata-se de uma empresa não-brasileira ditando como brasileiros devem se comportar e, o que é pior, se expressar por aqui.

Enquanto eu estiver sendo constantemente impedido de divulgar minhas ideias por patrulhamento ideológico, sendo que minhas ideias não pregam nada de violento e opressivo (mas simplesmente a libertação da censura e autocensura), eu vou continuar reclamando, nem que isso resulte na minha total reclusão do mundo virtual. Eu simplesmente não tolero isso.

Em tempo, criamos uma segunda página, como reserva para manter as ideias sendo divulgadas. Convido os interessados a curtirem pelo linkfb.com/edaldem2