Proposta de Banco de Códigos (Genéticos) da Amazônia que funciona em blockchain para salvar a floresta

Pesquisando sobre o uso do blockchain no combate às queimadas e desmatamento da Amazônia descobri esta matéria publicada no site da revista The Economist - Sequencing the world (Sequenciando o mundo) - em janeiro do ano passado, ela conta sobre o projeto Earth Bank of Codes (https://www.earthbankofcodes.org) que tendo como um dos parceiros o Fórum Econômico Mundial (https://www.weforum.org) pretende mapear, hospedar e monitorar códigos genéticos das plantas e animais usando blockchain. Começando pela Amazônia, a ideia seria que a plataforma pudesse identificar e remunerar as regiões originais das espécies, combatendo a biopirataria.

O video que ilustra a matéria, disponível no canal da The Economist no YouTube e cujo link compartilho no final deste post, resume o assunto de forma atraente. O projeto se encaixa com os posts e links que compartilhei aqui em Principal motivo para queimadas na Amazônia pode não ser a exploração de madeira irregular mas sim a grilagem das terras, problemas que o blockchain pode minimizar, Governadores da Amazônia podem se encontrar com Macron por ajuda contra as queimadas, bem que a reunião poderia ser na Guiana e incluir na pauta o blockchain e Todos pela Amazônia, incluindo quem usa o blockchain e criptomoedas para proteger a floresta e combater o desmatamento, queimadas e garimpo ilegal. Nos meus posts falo sobre os possíveis usos do blockchain para certificar produtos dentro de uma cadeia de suprimentos sustentável e a garantia do registro de terras sem fraudes, cito os projetos de criptomoedas indígenas e que supostamente teriam ligação com a região. Mas na mesma abordagem do Amazon Bank of Codes, o steemian @pataty69 postou dias atrás - Amazonia burns - mencionando a biodiversidade e o eventual interesse das gigantes da indústria farmacêutica, entre elas a multinacional francesa Sanofi, que é afiliada ao Fórum Econômico Mundial (https://www.weforum.org/about/industry-affiliations) e já tem grande presença no Brasil.

Antes mesmo de ser lançado, a iniciativa pela Terceira Via para a Amazônia (Amazon Third Way Initiative) que consta no site do projeto ganhou repercussão na imprensa daqui, em 2016 o jornal Valor publicou O futuro da Amazônia depende da "quarta revolução industrial", matéria na Folha de SP Cientistas propõem modelo amazônico de alta tecnologia e sem devastação tb é da mesma época, assim como esta outra no site Deutsche Welle em português: "Vale do Silício Amazônico" pode manter floresta em pé. Nesta matéria da DW o climatologista brasileiro Carlos Nobre já alertava: "Se não encontrarmos uma outra maneira (de desenvolvimento, diferente da preservação pura da floresta ou da atividade agropecuária), a floresta vai desaparecer".

Mais recentemente e antes mesmo que o crescimento das queimadas chamasse a atenção do planeta, como compartilhei aqui anteriormente, o pesquisador da USP foi entrevistado para a Revista Época - "É possível aproveitar o potencial econômico da Amazônia com tecnologia e sem desmatamento", diz Carlos Nobre - reforçando o uso do blockhain. Por isso, repercutiu nos sites Cointelegraph Brasil - Cientista brasileiro propõe uso de blockchain para exploração sustentável da Amazônia, evitando desmatamento - e Criptofacil - Brasileiro quer usar blockchain para explorar a Floresta Amazônica - cujas matérias foram ao ar no mês passado.

Voltando ao Banco de Códigos da Amazônia, o projeto citou pesquisas de antibióticos a partir de espécies de sapos, resumido em um video para compartilhar nas redes sociais disponível na matéria de fevereiro de 2018 no site Fast Company - How A Bank Of All The World’s Genetic Codes Hopes To Save Nature (Como um banco com todos os códigos genéticos do mundo quer salvar a natureza) - e, como revelado por um representante da empresa parceira Space Time Ventures (https://www.spacetimeventures.com) na reportagem do jornal Financial Times em setembro do ano passado - Amazon basin DNA project aims to bolster indigenous people (Projeto com DNA da bacia amazônica pretende apoiar os povos indígenas) - o referido batráquio seria a Phyllomedusa bicolor, supostamente chamado pelo nome popular de Sapo-Macaco Gigante.

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Canal The Economist no YouTube: Poderia o "blockchain" salvar a floresta amazônica? A tecnologia Blockchain pode fazer mais do que sustentar criptomoedas - poderia ajudar a salvar a floresta amazônica e impedir que os chamados “biopiratas” saqueassem suas riquezas biológicas. Se funcionar, mais dinheiro poderia ser obtido preservando a floresta tropical do que cortando-a...

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