Dragon Age: Inquisition -- Por que jogar com uma Elfa Maga?

in #dai6 years ago

Conversando com um amigo acerca de Dragon Age: Inquisition, argumentei que jogar com uma Elfa Maga seria a escolha ideal para desfrutar o melhor da história. Aqui elaboro um pouco a razão disso (e, advirto, daqui para frente há spoilers!).

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O conflito inicial do jogo é entre Magos x Templários. Você não tem opção de jogar como Templário de início (é uma especialização de Guerreiro que só é liberada depois de algumas horas de jogo). Assumindo que você tenha escolhido jogar de Ladrão ou de Guerreiro, então, esse conflito não lhe diz respeito diretamente. Por outro lado, se você for um Mago, toda a questão do Conclave está diretamente ligada a você: é o destino de outros como você que estava sendo decidido ali -- e as ações no decorrer do jogo poderão levar a consequências importantes tanto para os Magos como para os Templários. -- Com isso, você está investido emocionalmente na situação.

Aí entra a questão da raça da personagem.

  • Jogar como Qunari faz de você um mercenário -- você estava no conclave por dinheiro, não por ideal.
  • Jogar como Anão o torna um membro dos Carta, com o passado criminoso que vem de brinde, além de que viver na superfície faz de você o torna mais afastado da Rocha -- em geral, os dilemas das outras nações não lhe importariam tanto se não lhe trouxessem riquezas em contrapartida.
  • Jogar como Humano lhe dá um passado nobre, como membro de uma família menor, mas já estabelecida -- você não tem um interesse direto na política das nações, embora possa ter uma razão religiosa para sua motivação.
  • Jogar como Elfo, bem... aí a coisa é diferente.

Veja, como Elfo, em tese, dada a sua origem, você não crê no Criador. Toda essa questão de se tornar Arauto de Andraste o coloca num conflito de interesses entre o que você acredita e o que você vai aparentar (é claro que você pode ser um Elfo que segue os preceitos da Chantria, e isso se torna ainda mais interessante com o desenrolar da trama).
Mas existe outro ponto também.

Quando vamos ao baile em Orlais (eu disse que teríamos spoilers), temos a real noção de como a política afeta os Elfos. Durante essa missão, podemos até mesmo mexer em toda a estrutura política, levando a nação a lidar com uma nova liderança. O que fazer? Manter a ordem ao tentar expor o complô para matar a Imperatriz? Ajudar ou impedir Briala? Fazer dela a força por trás de tudo? Ouvir o que Gaspard tem a dizer e deixá-lo controlar tudo? Quando você é um Elfo, essas escolhas podem afetar diretamente o seu povo -- coisa que não acontece quando você pertence a outra raça, pois os únicos efeitos que vão respingar em você é na esfera da política internacional. -- Como você encara isso tudo sendo um Elfo? O que é o certo? O que beneficia seu povo? O que beneficia Thedas como um todo? O dilema, ao ser um Elfo, é pessoal.

E o fato de jogar com uma Elfa ao invés de um Elfo também traz outra possibilidade de história: um eventual romance com Solas. Não vou falar muito sobre isso, mas eu me senti extremamente traído ao final, e isso me deixou pra baixo um pouco pelo investimento emocional feito na personagem. Mas, confesso, foi uma brilhante narrativa.

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