A verdade na história absurda e controversa de Tonya Harding

Com três indicações ao Oscar; filme Eu, Tonya conta a turbulenta história real da patinadora Tonya Harding

Algo que eu observo bastante é como uma família desestruturada pode impactar negativamente na vida de um pesssoa. Obviamente, todos têm os seus problemas familiares. Hoje em dia, parece que o mais comum tem sido pais divorciados. Os meus mesmo são e do meu marido, por coincidência também.

Apesar disso, como tantas outras pessoas conseguimos ter uma vida sem traumas perturbadores. No entanto, nem todos conseguem passar ilesos, digamos assim. Um desses exemplos, é o caso da patinadora artística Tonya Harding (Margot Robbie).

Margot Robbie interpreta Tonya Harding (Foto)

A carreira dela tinha tudo para ter tido um rumo diferente e melhor se não fosse seus problemas familiares. Mesmo assim, ela conseguiu alguns feitos memoráveis. Sua história conturbada e notável foi levada ao cinema no longa-metragem Eu, Tonya.

Criada sozinha pela temível mãe LaVona (Allison Janney) depois do divórcio dos pais, ela vive com insultos inconcebíveis e constantes. A maior alegria da sua vida é a patinação. Talento que ela descobriu desde muita nova, aos quatro anos de idade.

Desde a infância, Tonya aprende a fazer renúncias para conseguir se dedicar integralmente ao esporte. Uma das maiores é o abandono dos estudos. A paixão e o dom pelos patins fazem isso passar praticamente imperceptíveis. O maior problema sempre foi a mãe.

Para se livrar das torturas psicológicas e até físicas, ela acaba casando com Jeff Gillooly (Sebastian Stan). A partir de então, a história parece mais uma ficção do que outra coisa. O relacionamento extremamente violento gera agonia e descrença da verossimilhança.

Tonya em um dos seus momentos difíceis da carreira (Foto: Divulgação/IMDb)

A situação só piora com o tempo. Até impactar diretamente a sua profissão, não só desestabilizando seus treinos, mas o futuro da sua carreira. Em 1994, ela vira manchete nos principais noticiários. A sua vida começa a chamar a atenção não mais pelo seu talento, porém pelas acusações de um crime, organizado pelo marido sem seu consentimento.

Até hoje, o caso gera dúvidas sobre o quanto ela sabia ou não dos planos para atacar Nancy Kerrigan, sua adversária. O filme também deixa muito no ar a possibilidade do fechamento de um consenso sobre o assunto.

O roteiro do filme indicado em três categorias do Oscar dificulta atestar ou não outras verdades no meio de tantos absurdos. O roteirista Steven Rogers se baseou principalmente em entrevistas feitas com Tonya e seu marido Gillooly. Porém, muitos relatos são contraditórios. O jeito é o público decidir em que quer acreditar.

Tonya chamava atenção pelo seu “triple axel” (Foto: Divulgação/IMDb)

Tonya era conhecida por fazer o “triple axel”, salto que nenhuma americana tinha conseguido ainda. Atualmente, duas patinadoras do país conseguiram o feito, a última sendo Mirai Nagasu na Olimpíada de Pyeongchang, na Coreia do Sul.

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