#BOX DE SÉRIES# - "Weeds" (2005 - 2012)

in #boxdeseries6 years ago (edited)

Fonte: Divulgação (Netflix)

Sinopse: Após a súbita morte do marido, Nancy Botwin, uma simples dona de casa que vive uma vida sem maiores acontecimentos em um conjunto de subúrbio padronizado, se vê diante de uma situação inusitada: ter que começar a vender maconha para os vizinhos do bairro afim de sustentar o padrão de vida que ela e os filhos insistem em continuar mantendo.

Criada por Jenji Kohan e produzida pela Lionsgate - exclusivamente para o canal pago Showtime -, "Weeds" caminha por duas vertentes: o drama e a comédia, resultando em um subgênero que é conhecido como dramédia (um mix dos dois gêneros, que inclusive, também já ganhou as produções cinematográficas há um certo tempo). A mistura dos elementos que compõe a série é balanceada, e por isso, consegue criar momentos peculiares (mais especificamente, um tipo de riso diferente... puxado para o lado do humo negro) ao longo de suas oito temporadas (e seus 102 episódios).

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Fonte: Divulgação (Vulture)

Protagonizada por Mary-Louise Parker, a série consegue entrar em um mundo cheio de tabus - sim, ao contrário do que muitas pessoas pode pensar... o consumo da maconha ainda é um tabu em muitos países, inclusive no Brasil - de uma forma irreverente, criativa e por vezes muito ácida (este último, um recurso muito inteligente para tratar com firmeza - e até uma certa frieza - alguns temas complexos que não conseguiriam se tornar em algo engraçado se não fosse pela acidez na abordagem do conteúdo) garantindo o ritmo cômico que cresce a passos largos, a medida em que a série vai se desenvolvendo.

A ideia da série surgiu em meio a uma explosão de cultivadores da planta, em prol de uma comunidade que faz uso dela para fins medicinais na Califórnia. Kohan então, pegou o gancho da situação e criou a série que iria tratar do tema em um novo patamar, algo mais leve e sem nenhum tipo de militância (uma decisão inteligente por parte do roteiro... porque burocratizar a série em prol de um ato político seria o suicídio programado do projeto), onde há uma alfinetada forte nessa problemática sobre a aceitação ou a recusa no trato da maconha para além dos fins medicinais, mas que em nenhum momento usa a série como pedestal para espalhar essa ideia.

Fonte: Divulgação (The Red List)

O roteiro dos episódios faz questão de ressaltar a ideia da venda ilegal da droga na classe média. Fazendo isso através diálogos rápidos e cheio de tiradas cômicas de riso fácil (não por serem apenas escrachadas, mas por conseguirem ser escrachadas de uma forma peculiar, diferente do que é normalmente é visto quando o tema é igual ou similar ao da série), a série criar momentos icônicos de proporções inimagináveis (principalmente por se tratar de uma dramédia).

Conflitos familiares em contraste com os problemas que a a protagonista tem que enfrentar por ter optado entrar em um mundo onde nada é previsível (tudo para manter as aparências de uma vida que ganhou de forma indireta... já que até então ela nunca havia pensado em trabalhar com a venda ilegal de drogas antes), são bem orquestrados e dirigidos, fazendo com que o roteiro ganhe a força necessária para se prolongar de uma maneira que realmente seja necessária e que renda boas histórias.

Fonte: Divulgação (Pinterest)

A construção narrativa também merece um destaque à parte por se mostrar habilidosa no trato a respeito das conexões que precisam ser feitas entre os episódios ao longo do crescimento da série... Porque muita coisa que parece ficar perdida em alguns episódios são voltam para serem explicadas e inseridas novamente dentro da trama (mas agora, fazendo parte de outros arcos dramáticos / cômicos). Vale ressaltar também a qualidade no desenvolvimento dos personagens (ainda que alguns tenham funções de coadjuvantes, eles não são apenas acessórios).

Tudo isso é subsidiado por um elenco que é muito competente (com uma menção mais do que merecida a Mary-Louise Parker... que consegue criar uma personagem extremamente engraçada, sarcástica, de personalidade forte e com leves ares que tendem à uma iminente perca da estabilidade mental, haha!) e consegue depositar em seus personagens aparentemente simplórios - mas que na verdade escondem um quê de complexidade em seus interiores - uma credibilidade que serve como o alicerce que os mantém relevante durante as temporadas.

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Fonte: Divulgação (IGN)

Contando com um ritmo que dificilmente perde o fio da meada (e uma boa parte disso se deve ao trabalho de edição que feito com muito esmero pela equipe responsável por realizar esse trabalho), a série se estabelece facilmente como uma das melhores produções já feitas para TV (e é preciso assistir apenas 1 ou 2 episódios para ter noção disso).

Detentora de diversos prêmios (dentre eles: Golden Globe e Satellite Awards) e várias indicações - por exemplo - ao Emmy Awards e Screen Actors Guild Awards, "Weesa" ganha o telespectador desde o seu primeiro episódio e faz com que o mesmo permaneça fiel até a exibição do último episódio de despedida.

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