Como se tornar um desenvolvedor Blockchain e ser ser bem remunerado em 2023

Quando escrevi o artigo do ano passado (2022) como uma forma de me incentivar a tentar criar um ritmo de escrita e compartilhamento de conhecimento, eu jamais imaginaria que até convidado para dar entrevistas seria. Não tem nada mais gratificante para alguém que é apaixonado por educação, poder falar sobre o poder transformador dela e ajudar a guiar no processo de crescimento das pessoas. Por isso não tem outra forma de de agradecer pelo reconhecimento se não form com um artigo muito mais robusto em 2023 e até com o apoio de pessoas através do linkedin.

E é claro, se você ainda não leu o meu artigo de 2022, sugiro fortemente porque ele vai te abrir a mente para um novo mundo, com certeza.

✅ Como se tornar um desenvolvedor blockchain e ser bem remunerado

✅ Como se tornar um desenvolvedor blockchain e ser bem remunerado [PT2]

Retrospectiva 2022

Antes de avançar muito nos assutos, precisamos fazer uma leitura rápida do que foi o ano de 2022. Em um ano de copa do mundo, eleições no Brasil e de BORA BILL, eu não vou comentar sobre preços de alguma criptomoeda ou do Bitcoin. Tudo isso é irrelevante para quem de fato quer se tornar um desenvolvedor Blockchain porque precisamos olhar a médio ou longo prazo.

O ano começou maravilhoso, só que não, com o colapso da Terra Form Labs, empresa responsavel pelo protocolo Terra e seu token Luna, e em resumo pra ti sobre essa novela: eles criaram um algoritmo que só é potente em movimentos de euforia (alta), e sem resiliência alguma em momentos de incerteza (baixa).

Como uma pessoa técnica escrevendo, acredito que a mais importante e significativa de todas elas foi a nova fase da Rede Ethereum, chama da de The Merge, o processo mudou a forma de validação dos blocos na rede, que antes era Proof Of Work (Prova de Trabalho) e agora Proof of Staking (Prova de Participação). Costumo ser bem critico com os planos e decisões dados da Ethereum Foundation, mas depois de muitos anos, acho que acertatam.

Encerrando o ano com aquele gostinho de caos, tivemos um dos maiores escandalos corporativos de fraude dentro do ecossistema de criptoeconomia da FTX que se estendeu por novembro e dezembro e ainda estamos nos recuperando, o que deve levar alguns meses ainda.

Ainda em dezembro, o governo brasileiro aprovou o marco regulatório de criptoativos, Lei 14.478, que por muitos considerado “o que tem pra hoje” e não o que realmente precisavamos para evitar novos possiveis casos FTX, mas é uma discussão em aberto.

Resumo dado e caso algum termo pra ti tenha ficado muito complicado, nós voltamos neles mais a frente explicando melhor. Confia.

Casos de Uso

Em 2022 falou-se muito sobre como o metaverso viria com força através da web3 e dos NFTs, ou da explosão de novos jogos. Bem … demos um salto, é verdade, mas ainda um pouco longe do “estado da arte” como alguns futurólogos disseram durante o ano.

Esse ano pode ser que todos os temas que circulam o mundo Blockchain ganhem menos evidência, pois esse ano temas que envolvem Dados e Inteligencia Artificial também tem ganho força nas redes e nas publicações de conteudos que envolvem de alguma forma inovação e tecnologias emergentes (desculpa Edge Computing, mas talvez você apareça em 2024), mas não entenda como algo para te desanimar, o mercado estará repleto de oportunidades.

Para 2023, e para minha alegria, acredito que os principais temas que devemos explorar mais são:

• Colecionáveis ligados a conquistas (chame de medalhas, badges, achivements ou “soulbound tokens”) intransferiveis.
• De-Fi , as ainda não tão conhecidas Finanças Descentralizadas também continua forte e tem muita gente com projeto incrivel tentando fazer dar certo.
• Criptomoedas como meio de pagamento “do mundo real”. É claro ainda é necessária criar-se uma base tecnologica, mas já temos diversos gateways de pagamento sendo criados e oferecendo para o mercado essa possibilidade.
• DAO, as Organizações Autônomas Descentralizadas explodiram em numeros em 2022, então essa tendencia segue forte.
• BaaS, ou Blockchain as a Service (Blockchain como serviço), é uma estratégia para massificar a adoção do uso de Blockchain pelo mercado ainda chamado de Web2 migrar para a Web3. Afinal, nem toda empresa vai ver vantagem em ter um node dentro de sua infraestrutura técnológica, ou até mesmo não ter condições de ter um.

Onde Atuar

Cada vez mais precisamos de pessoas desenolvedoras que tenham uma visão analitica e abstrata para entender e propor soluções para problemas cada vez mais complexos, porque os faceis, já foram resolvidos (☞ﾟヮﾟ)☞

É claro que pessoas de negócio são importantes mas a pessoa que quer se tornar uma desenvolvedora Blockchain precisa ter consigo um boa caixa de ferramentas e muita disposição para fazer parte de um time dedicado ao tema, ja que mesmo com tantos anos se falando no tema, tudo ainda é muito novo. E é claro, nem só de super mega engenheiros ou contribuidores de código aberto vivem as blockchains, mas também existem muitos outros tipos de atividades que vão fomentar o mercado esse ano. Dentre eles, temos:

• Smart Contract Developers: responsáveis pela criação dos contratos inteligentes e garantir que as aplicações que interajam com eles, façam de forma satisfatórias.
• Web 3.0 Frontend Developers: são essas pessoas que construirão os Dapps (Aplicações descentralizadas, que irão interagir dentro da web 3.0).
• Game Developers: Desenvolver jogos imersivos que tenham NFTs necessita de muito talento, inclusive quando falamos de um metaverso que irá interagir com os contratos através de quaisquer ativos digitais.
• Core Developers: não estou me referindo aqui a desenvolvedores que participam de grupos que desenvolvem os grandes protocolos, como Bitcoin ou Ethereum (ou Polygon, ou Polkadot), mas sim qualquer aplicação que não necessariamente estará 100% em uma estrutura web 3.0 e aqueles que estão na construção de uma ferramenta que ajudará outros desenvolvedores das mais diversas formas. Como por exemplo a Cryptum (https://cryptum.io/) que ajuda empresas a migrarem da Web2 para Web3, disponibilizando APIs que abstraem os requisitos prévios de conhecimento necessário para o mundo Blockchain, e simplificam para que novos desenvolvedores de tecnologias ditas tradicionais possam interagir com elas através de SDKs ou de simples chamadas HTTP (Rest) aos webservices.

Linguagens de Programação

estiver sendo citada aqui, provavelmente existe algum tipo de wrapper que faça a ponte com alguma blockchain por ai.

Trarei as que talvez possam ser consideradas com 5 principais, mas esse numero pode flutuar dependendo da comunidade de cada linguagem de programação.

• Solidity: principal tecnologia utilizada para programar smart contracts. Existem outros caminhos, mas se você não conhece nenhum outra linguagem, comece por essa por haver compatibilidade em qualquer blockchain que utilize o conceito de EVM #confia
• Javascript: Talvez a tecnologia mais versátil e horizontalmente utilizada desde a tentativa de se ter JSP (java) ou ASP (.NET) de criar uma camada só de tecnologia tanto no frontend quanto no backend. Bem, com javascript, além dos scripts para testes dos contratos e automatização de publicação dos mesmos, podemos criar nossos Dapps com poucas linhas de código.
• Python e Golang: Coloquei ambas juntas pois são de fato ótimas tecnologias para se trabalhar com blockchain mas na minha opinião pessoal, se não for mandatório utilizar no projeto, só faz sentido pra quando preciso construir tooling ou alterar código fonte de uma blockchain para algo muito especifico.
  Rust: Alguns projetos de Blockchian tem adotado Rust como a principal linguagem para criação dos seus smart contracts como por exemplo a Near, Solana, Subtrate, Polkadot, dentre outras…

Diferente do ano passado onde esse artigo esteve dividido em duas partes, esse ano tenho um plano diferente e então teremos três partes, mas prometo que depois de tanta buzzword e contextualização, espero que assim como eu esteja ansioso pela próxima parte.

PS: Assim que a continuação estiver pronta, o link estará aqui

Te vejo em breve \o/
#DontTrustVerify