#BIBLIOTECA# - "Babel Hotel" (2009)

O que você faria se, ao acordar, você percebesse que todo dia é sexta-feira 13? Que você parece estar vivendo constantemente em um looping interminável?

Esse é o grande dilema dos sete personagem que compõe essa história cheia de suspense, momentos tensos e acontecimentos aparentemente inexplicáveis... Mas que no entanto, tem uma estranha e relativamente complexa razão de ser.

Fonte: Divulgação (Estante Virtual)

O gênero terro na literatura brasileira ainda caminha a passos modestos, mas tem se tornado cada vez mais popular longo dos anos e não apenas em números, mas também em qualidade... Como é o caso de Babel Hotel. Um leitura que vai prender você!

Escrito por Luiz Bras, a história é centrada em sete figuras centrais sem ligação alguma. São eles: Paula (uma adolescente fissurada em tecnologia), Ulisses (um bancário paraplégico), Estela (uma atriz com altos interesses científicos), Tigre (um policial desiludido amorosamente), Flávio (um fotógrafo que idolatra a filha) e Rhana (uma dentista aficionada pela profissão).

Esse conjunto de personagens aparentemente desconexo se vê em uma trama onde nada parece fazer sentido, afinal, apenas eles se lembram dos acontecimentos a cada novo dia em que revivem. Todas as outras pessoas ao seu redor agem com normalidade, como se fosse um dia comum na vida delas e isso os deixa ainda mais frustrados, porque os impossibilita de contar a verdade (já que seriam tratados como loucos por relatar tamanho absurdo!).

As únicas pistas incomum que os 7 personagens tem para tentar resolver esse mistério é a presença de um estranho e misterioso homem (alto e magrelo) e um hotel chamado Babel (localizado na cidade de Cobra Norato). Mas ao contrário do que eles pensam, essa história está bem longe ser solucionada facilmente... E a jornada para chegar até o seu final lhes reserva muito desafios que de forma muito instigante, fazem um grande paradoxo em relação ao tempo onde eles são os prisioneiros.

O ponto de vista de cada personagem com relação ao momento atual que eles vivem é sempre uma surpresa. Não existe um único protagonista aqui, todos tem o seu momentos e isso facilita o desenvolvimento de cada um deles mediante a narrativa como um todo... E essa opção de separar o protagonismo de um único elemento dá um ritmo mais rápido e mais instigante para a trama ganhar um ar mais desafiador e uma nível mais pulsante.

Bras escreve um livro rápido, mas muito interessante e fácil de ser lido (principalmente pelo fato de não fazer muitos arrodeios para chegar na mensagem principal). A maneira como ele opta por criar situações que entrelaçam a vida dos personagens em um único nó é muito criativa (deixando no ar incógnitas constantes) e isso faz com que o leitor sinta-se desafiado a continuar lendo e tentar resolver esse mistério antes que a última página chegue ao fim.