Religião, a brincadeira de telefone-sem-fio mais velha da humanidade

in #religion5 years ago

"Dois mil anos atrás nasceu um cara que era filho de Deus. Se sacrificou pra humanidade ser perdoada." Ou assim dizem os humanos.


Ah, mas tá escrito. Só que num livro feito por gente. Na edição número trocentos já estava meio que assim. Na original? Não, a original ninguém vê. Se pá o Papa vê, mas se afirmarem que sim, vou eu confiar cegamente na palavra alheia? Não, não vou. É um assunto importante demais pra levar na flauta desse jeito.

E olha que eu acredito em Deus. Mas sou ateu. Porque não acredito no Deus de alguma religião. E nem ao menos sou teísta. O significado dessa palavra para mim é diferente do que as pessoas costumam usar.

A verdade absoluta é que a galera não sente propósito nenhum, mas quer muito ter algo do tipo. Daí alguém apresenta a religião e a pessoa se sente útil, amada. O vazio interior fica preenchido com esse propósito "divino".

Esse tipo de livro "sagrado" é antigo demais, e foi reescrito, interpretado para outras línguas, e em geral foi alterado conforme a vontade de quem estava no poder de vários governos de épocas diferentes. Afinal, poder sempre foi associado a corrupção, e as leis eram ainda mais maleáveis em tempos passados.

Ninguém nem ao menos sabe como se pronuncia "Jeová" de verdade. É mera presunção que este realmente seja o nome, já que na língua original não se usa vogal. Não sabemos que sons preenchem as lacunas entre as consoantes desse nome tão supostamente importante, apesar de dizerem que vamos pro inferno se usarem errado. Que irônico. Imagina o resto da história contada, então.

Graças a Deus, existo. Quem ou o quê é Deus? Não sei. Se Deus realmente fizesse questão que eu soubesse - ao invés de ficar acreditando em qualquer coisa que me dizem - com certeza me faria ficar sabendo de um jeito ou de outro. "Ah, mas é uma questão de fé." Não, não é. Se uma religião que não for a sua estiver certa, então todas as outras estão erradas e você vai pro inferno (ou o lugar respectivo).

Porque o "divino", o que cria, a entidade superior ou a força que rege, não depende da sua opinião nem da sua fé, e não vai se encaixar nas suas vontades por capricho algum. Mesmo que você acredite no contrário, enquanto paga o dízimo, faz doação, e deixa nas mãos do "seu Deus" para levar sua vida, enquanto se faz de vítima abandonada... Enquanto alguém com as mesmas convicções que você está lucrando com seu prejuízo.

Eu acredito que Deus existe, e para mim, não é uma questão de fé. Mesmo que eu não possa provar. Simplesmente é o que faz sentido. Detalhes? Não sei, apenas sigo o caminho que acredito ser o mais correto possível.

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