Seria o Brasil um país de empreendedores? #Política

 
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Vamos direto ao assunto:

• O brasileiro não possui educação financeira e administrativa;

• Antes de abrir uma empresa, poucos sabem quanto de imposto tem que pagar, se falar de contador, estoque e investimento, etc, piorou;

• Muitos tentam dar o “jeitinho brasileiro” e correr o risco de não pagar os impostos;

• A grande maioria nunca pensa em publicidade, acha isso fútil e dinheiro gasto (isso já ouvi muito, trabalhei no marketing por quase 20 anos antes de ser professor), mas não levam em consideração que publicidade é investimento e não gasto;

• Outros tantos pensam que o dinheiro da empresa é seu e podem gastar à vontade, baladas, viagens e afins, aí quando “dá ruim”, correm no banco para pedir empréstimo e se enterram um pouco mais;

• Há também os que vendem um produto ou serviço que cobram uma fortuna pensando que vão ficar ricos com poucos dias de trabalho

  Poderia citar aqui uma infinidade de outros motivos, mas esses são os mais importantes, mas agora você deve estar se perguntando, por que esse cara está falando isso?
   
  Falo isso porque há toda uma movimentação nacional pró-patrão e contra o empregado, vamos aos fatos.
   
  No século XVIII, o pensador francês Montesquieu em seu livro “O Espírito das Leis”, aborda um meio de reformulação das instituições políticas através da chamada “teoria dos três poderes”.
   
  Seria o contrário de qualquer regime absolutista, existiria um equilíbrio entre esses três poderes e, ninguém poderia desrespeitar suas funções e quando algum extrapolava suas designações, os outros deveriam intervir.
   
  Lindo, maravilhoso, no papel é fácil né Montesquieu, agora vem viver no Brasil do século XXI.
   
  Digo isso pois os poderes hoje trabalham em conjunto, o Legislativo poderia barrar os auxílios-moradia dos juízes que possuem imóveis, o Executivo e o Judiciário poderiam barrar os aumentos salariais abusivos do Legislativo e, como visto recentemente, o Executivo e Legislativo podem barrar o Executivo, e esses são só alguns exemplos.
   
  Mas não, o que acontece atualmente? Uma campanha na mídia paga por grandes empresários, para mostrar que o que é pago em tributo ao funcionário é o errado.
   
  Mas não é, quase todos os empreendedores sabem que a maior parte dos impostos são desviados em esquemas de corrupção. Então por que punem os trabalhadores e não cobram seus direitos (menos impostos ou menos corrupção)?
   
  É mais fácil punir quem está na escala mais baixa da “cadeia alimentar”, pois nesse país ainda vivemos em uma separação de Senzala e Casa Grande, o problema é que na maioria das vezes o microempreendedor pensa que faz parte da Casa Grande, mas não faz.
   
  Precisamos entender que grandes empresários como os Marinhos, os Civitas, o dono do Habib’s, os banqueiros e todos os “megaempresários” sempre sonegarão impostos e terão perdão.
   
  Mas o restante da população tem que cobrar e exigir, pois todos sabemos que a maior parte do nosso imposto é perdida em “conchavos” e “lobby”, onde poucos ganham e muitos perdem.
   
  O dia que o brasileiro entender que a base do empreendedorismo tem que ser a educação financeira e que perante a Constituição todos somos iguais, talvez nesse dia, poderemos exigir esses direitos dos nossos governos, e não apenas cada um querendo o seu direito próprio, afinal somos um povo e como tudo na natureza, o menor precisa do maior e vice-versa.
   

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