INTRODUÇÃO SOBRE A SÉRIE DE POSTS

A blockchain surgiu com o Bitcoin, em um contexto bastante autônomo de busca por soluções de segurança baseadas em descentralização. Agora, com sua popularização, tecnologia está penetrando em ambientes institucionais e empresariais, o que faz necessário a formalização deste conhecimento por meio de instituições de ensino reconhecidas, tal qual as universidades.

A institucionalização de um conhecimento que foi gerado de forma tão experimental é um fenômeno bastante curioso que só reforça a importância desta tecnologia na medida em que está espontaneamente sendo incorporada em territórios, além de empresariais, também acadêmicos. O interesse é crescente, e o mercado vê a necessidade de gerar mais conhecimento para aplicar em seus serviços.

Não é possível controlar a disseminação de conhecimento. Ainda assim, este saber não está sendo retido dentro destas instituições, por isso ainda acredito em seu potencial anárquico.

A INSTITUIÇÃO

A Fundação Getúlio Vargas foi fundada em 1944, e é hoje uma das melhores instituições de ensino do Brasil. Começou com o objetivo de qualificação para a administração pública e privada em um contexto em que o Brasil estava em pleno desenvolvimento econômico. Mais tarde, ampliou para ciências sociais e econômicas.

Atualmente possui mais de 5 mil alunos de graduação, 1700 de mestrado e 800 de doutorado. Tem acordos de cooperação acadêmica com instituições de 46 países diferentes para atividades como elaboração de pesquisa e intercambio. Possui boa colocação em pesquisas de avaliação nacionais e internacionais confiáveis, como o Global Go To Think Tanks Ranking e o ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes).

INTRODUÇÃO ÀS CRIPTOMOEDAS E APLICAÇÕES NA BLOCKCHAIN – DISCIPLINA

No semestre passado a FGV anunciou (matéria do Guia do Bitcoin) que iria lançar um programa de mestrado sobre criptomoedas. Ao que parece, ele ainda não foi lançado, pois não o encontrei no site oficial da instituição. Na época, o possível coordenador do curso, Ricardo Rochman, afirmou:

“Temos fundamentos econômicos e financeiros dentro das cripto-finanças que valem a pena ser debatidos, pesquisados e ensinados”.

Porém, o assunto já virou disciplina do Mestrado em Modelagem Matemática. Introdução às Criptomoedas e Aplicações na Blockchain tem carga horária de 30 horas e visa abordar conceitos básicos de criptografia. Mas parece que o tema na instituição está apenas iniciando (se alguém aí tiver mais informações, por favor, compartilhe), visto que foi encontrei somente uma tese de mestrado sobre. O trabalho é de Vivian Tostes Tom, datado de 2017, e tem como título Utilização de machine learning para categorização dos gastos de bitcoin no Brasil.

Esperamos que a representação deste tema só cresça no Brasil e no mundo em instituições importantes como a FGV. Como disse uma das alunas (Michele Araújo) na época em que foi anunciado que o curso seria lançado:

“há um ganho conceitual de saber como funciona a aplicação prática quanto em saber como pode ser uma alternativa de investimento”.

Fonte de informações:
https://guiadobitcoin.com.br/fundacao-getulio-vargas-tera-o-primeiro-mestrado-do-brasil-sobre-criptomoedas/
https://portal.fgv.br/