O que esperar do futuro do trabalho?

Em constante evolução, é previsível que o trabalho não permaneça por muito tempo da mesma forma. A tecnologia e os comportamentos sociais ajudam que novos modelos sejam aceitos com mais facilidade.

Uma visão otimista enxerga com bons olhos o futuro do trabalho à medida que compreende os processos adaptativos além de uma saída para as pessoas resilientes, mas também a representatividade das novidades, que continuam conectando comunidades do mundo inteiro.

Por isso, mesmo diante de incertezas, é possível avistar uma série de oportunidades que antes talvez estivessem ofuscadas por padrões inquestionáveis seja pelo costume das rotinas diárias ou a falta de tempo para indagações.

Quebra de paradigmas

O confinamento imposto com a disseminação do coronavírus ajuda com as novas percepções. Independentemente disso, o mundo tecnológico apresenta, em um ritmo acelerado, tendências que estão sendo experimentadas ou incorporadas aos poucos.

Novas profissões ganham os holofotes nas empresas, ao passo que muitas já morreram ou estão com os seus dias contados. Um dado que exemplifica isso é que 65% das crianças que estão na educação básica vão trabalhar em empregos que ainda nem existem, segundo estudo do Fórum Econômico Mundial.

O perfil das pessoas que desempenham as funções também muda. Nada mais é previsível ou linear. A capacitação profissional deixa de ser somente a busca por diplomas ou títulos. É importante, a predisposição para passar por atualizações ou aquisição de novas habilidades.

Paralelamente a isso, a demonstração dos conhecimentos pode ser a maior prova de valor para atestar as competências. Atentas a esse movimento, empresas como Nubank, Movile, Loggi e Creditas dispensam o diploma no momento da contratação.

Quarta Revolução Industrial

Nessa jornada de buscas e ressignificados, quem é capaz de inovar e se adaptar conseguirá sobreviver ao futuro do trabalho regido pela quarta Revolução Industrial. Do controle remoto aos carros autônomos, as tarefas estão sendo gradualmente automatizadas.

Nesse ciclo, não são só os empregos braçais e repetitivos que estão em risco. Por exemplo, experimentos na Estônia e nos Estados Unidos estudam os possíveis ganhos na qualidade da análise das tomadas de decisões por meio de inteligência artificial.

A boa notícia é que menos oferta de trabalho não significa menos oportunidades. Isso é uma visão simplista de todo o processo de transformação. Como mencionado antes, as carreiras não param de surgir e as que sobrevivem são aperfeiçoadas em um novo contexto de sociedade.

Entre tantas alternativas, existem atuações em áreas, como proteção de dados, experiência do usuário, telemedicina, desenvolvimento de softwares e telecomunicações. Mesmo que as máquinas desempenhem boa parte do trabalho, ainda será necessário pessoas atrás de toda a operação.

Habilidades transversais, criatividade e aprendizado constante

O processo migratório de trajetórias profissionais ou investimento para adequar às exigências e transformações constantes do mercado contribuem para exploração de novas consciências e espaços.

De um lado, os talentos híbridos combinam experiência em negócios e habilidades em tecnologia. Enquanto que as instituições de ensino experimentam formatos de graduação diferenciados, cursos adaptativos, novas linguagens e modelos mentais.

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Imagem de StartupStockPhotos por Pixabay

A relação com o futuro do trabalho permite que a concepção do empreendedorismo ou intraempreendedorismo seja mais evidente e frutífera. É como uma chance para sair do automático para construção de um pensamento inovador e crítico. Entre os benefícios: criatividade, autonomia, concentração, produtividade, colaboração, autoconhecimento, sociabilidade e solidariedade.

Isso permite a saída do comodismo e abre oportunidades para experiências mais impactantes em uma aprendizagem ativa, também conhecida como life long learning. Um processo contínuo de autoconhecimento que permite uma vida de aprendizado para o que está por vir, além de capacitar o aprender a desaprender. Traduzindo, uma maneira diferente de conceber o novo e realizar as conexões necessárias.

Pertencimento e motivação

Outro ponto positivo para o futuro do trabalho é a reafirmação do sentimento de pertencimento. Já faz um tempo que a ideia do trabalho deixou de ser concebida pela origem de seu vocábulo latino tripalium (instrumento de tortura) para ser substituída pelo sentido de obra, o que os gregos chamavam de poiesis. Ou seja, me vejo naquilo que faço e construo.

Ninguém fica em um local só por causa do salário, no entanto existe a necessidade de enxergar propósitos, algo que não aliena, tampouco estressa. O cansaço sempre vem quando uma atividade é exigente, porém é prazerosa. Já o estresse é fruto de uma exigência sem razão.

Até meados da década de 1970, as pessoas aspiravam entrar em uma organização e ficar até a aposentadoria. Hoje, os parâmetros de produtividade e competitividade visivelmente alteram essa perspectiva. Positivamente, o futuro do trabalho também reserva outras possibilidades.

A tensão pelas mudanças ficará ultrapassada diante do rompimento com o mesmo e a capacidade de antecipar soluções. A novidade do mundo não são as mudanças, porque ele sempre mudou, mas a velocidade que elas acontecem.

Escritório em casa ou onde bem entender

Poder trabalhar em qualquer canto não necessariamente significa que facilitou a existência humana, já que isso também pode representar dedicação em tempo integral. No entanto, aos poucos, as barreiras estão sendo quebradas e novos entendimentos assimilados. Um deles é a resistência que muitas empresas tinham quanto ao home office. Outro ponto são os ajustes que virão na organização do trabalho e padrão de vida.

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Imagem de tookapic por Pixabay

O modelo das grandes metrópoles é questionável. A preocupação é quanto do tempo das nossas vidas cotidianas está sendo furtado seja pelas longas horas de deslocamento ou pelo trabalho exacerbado que tira o fôlego e foco das reais necessidades. A dúvida paira entre o urgente e o importante.

Produtividade não é sinônimo de estar ocupado o tempo inteiro, assim como ocupação não é sinônimo de vida. Com a tecnologia que temos, existem estudos que falam sobre jornadas de trabalho mais flexíveis, como as tais quatro horas por dia.

Seja qual for a percepção, o futuro do trabalho reserva escolhas e aprendizados. As pessoas poderão optar por estar em uma empresa que encontra propósitos ou desenvolver o seu próprio projeto, ambos podendo ser desempenhados onde fizer mais sentido para o seu aprendizado e criatividade naquele momento.

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