O Brasil na Contramão do Progresso

in #conservadorismo6 years ago (edited)

O Brasil na Contramão do Progresso


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Empreendimentos de Balneário Camboriú. Fonte: elaborado pelo auto


Finalmente, depois de décadas o arranha-céu, se assim podemos dizer, de 170 metros de altura, o Mirante do Vale foi superado pelos novos edifícios da cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, que hoje, segue na contramão do Brasil, com projetos de primeiro mundo. Atualmente o maior edifício do mundo é o Burj Khalifa, nos Emirados Árabes Unidos, com mais de 800 metros de altura, e que todos os anos recebe milhares de turistas de todo o mundo, o que faz girar a economia da cidade e do país.

Além desse, já há projetos para arranha-céus de mais de 1km de altura. As cidades globais do mundo todo possuem um planejamento logístico em concentrar os edifícios mais altos em uma determinada área visando manter um centro comercial coeso, além de facilitar o deslocamento de pessoas entre seu local de trabalho e residência. Mas São Paulo e Rio de Janeiro são metrópoles globais, mas por que ainda não possuem sequer um arranha-céu de verdade? Muitos diriam que é por falta de iniciativa privada, ou por falta de competência. Errado.

São Paulo, por exemplo, muito antes de Dubai já deveria ter um arranha-céu com mais de 1 km de altura, o Órbita Residence, além de outros projetos como o Parque Anhembi, com uma torre central de mais de 700 metros, entre outros. Porto Alegre, teria uma torre panorâmica de 290 metros de altura em um projeto conhecido como Oceanário Sul. Por último, Belo Horizonte estava em uma luta para concretizar um projeto de incluiria uma torre de 350 metros de altura, o Parque Andradas, que por sinal, em tantas brigas na justiça, também foi cancelado.

Umas das respostas para isso, como já de praxe, é a falta de organização e planejamento das cidades, que hoje, por falta de uma logística de transportes, que teria problema com o fluxo de pessoas diárias. Mas em contrapartida, a construção de prédios pequenos leva as cidades brasileiras como São Paulo a migrar de tempos em tempos seu centro econômico. Mas esse é um problema que, com um pouco de vontade pública, alinhada a um planejamento urbano e mais recursos para o município seria resolvido. O segundo impedimento é a limitação de altura imposta pelo plano diretor de muitas cidades que impedem a verticalização das cidades.

O terceiro e mais ridículo é pelo pensamento anti-mercado, anti-progresso e anti-empreendedor que vê todo tipo de impedimento, desde a rota das aves até a sombra dos edifícios como algo extremamente ruim. Essas pessoas estão nas câmaras municipais, nos órgãos ambientais e no ministério público e fazem de tudo para barrar esse tipo de iniciativa. É claro que nem em todos os lugares é possível se construir tais estruturas, mas para isso é que se faz necessário um planejamento urbano coerente que promova o bem-estar e ao mesmo tempo o progresso das cidades brasileiras.

O Brasil possui lindas cidades nordestinas como Fortaleza, Recife, Maceió, João Pessoa, entre outras que, se permitissem vultosos empreendimentos e investissem em infraestrutura de qualidade, poderiam estar entre os cartões postais mais visitados do mundo, o que iria fortalecer nossa economia e principalmente melhorar a situação dos estados nordestinos. Atualmente as regiões Norte e Nordeste são as que mais sofrem com o problema da pobreza e da miséria. Belém por exemplo, possui metade da cidade constituída por favelas. Fortaleza é outro exemplo, onde a pobreza atinge cerca de 80%. No estado da Paraíba são cerca de 130 mil pessoas vivendo em cerca de 90 favelas e a cidade de Salvador na Bahia, com a 2° maior população do Brasil morando nesse tipo de habitação.

Com mais recursos (através da minarquização do Estado e da mudança do pacto federativo), as cidades e estados do Norte e Nordeste teriam condições de investir em infraestrutura, através do setor privado, o que diminuiria os impactos negativos causados pelos ambientes periféricos como criminalidade, subemprego e marginalização da população. Assim, as cidades turísticas poderiam fomentar a iniciativa privada a trazer projetos que mudariam o skyline como torres panorâmicas, arranha-céus, hotéis, resorts, portos, parques, oceanários/aquários, shoppings, cassinos, marinas, entre outras infraestruturas com características de países de primeiro mundo.

Balneário Camboriú é uma cidade de cerca de 53 anos e uma população de 124 mil habitantes aproximadamente. Com poucas restrições na área da construção civil, a cidade hoje é conhecida como a “Dubai brasileira”. Possui prédios de 50, 60 e 80 andares em construção, com a perspectiva de em breve ganhar edifícios ainda mais audaciosos com imponentes 100 andares. Além disso, receberá um porto comercial com a capacidade de receber os maiores navios de cruzeiro do mundo e a maior roda gigante da América do Sul. Segundo a pesquisa do Observatório das Metrópoles de 2016, ela ficou em 1° lugar no Brasil em infraestrutura urbana. Já seu IDH em 2015, esteve em 0.845 (próximo à países desenvolvidos) e seu PIB per capita, também no mesmo ano, de 37,5 mil reais, segundo o IBGE.

Além da iniciativa privada, a prefeitura, buscando a melhoria da qualidade de vida está também padronizando as calçadas, criando projetos para a despoluição do rio que corta a cidade e busca em breve alargar a faixa de areia da praia central. Balneário recebe todos os anos milhares de estrangeiros, Imagine o mesmo acontecendo com outras cidades brasileiras?

Nota: Temos um fórum de discussão e produção de conteúdo de cunho conservador no Discord, se tiverem o interesse: https://discord.gg/cvZ6Ps9

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É mano, não tem como o progresso acontecer no Brasil sem que antes a liberdade do empreendedor seja garantida e que o estado pare de interferir nas iniciativas privadas.


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Há tempos que estamos assim... quem sabe no futuro possamos ter algum tipo de melhorias em diversas áreas aqui no país.

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