Sina

Sina sem direção
Sigo passos infantis
As belezas do ser azul
Não consigo encontrar
Entre sombras que não cessam
Sigo em paz
Minha mente permanece
Moribunda alma

Caminho cheio de silêncio
A busca de um destino ausente
Trem parado na estação
Já que os trilhos se foram
Compartilho a sina
De um barato incessante
Como se faltasse algo
Neste ser inexistente

Enquanto a busca se desfaz
A procura de perfeição
Construo casas sem chão
Ainda dentro de mim
Pessoas se espalham nuas
Sob rotas desvairadas
Nu estou no pensamento
Ainda que permaneça

Doce fel amargurado
Pingando do meu ser
Há tortuosas direções
A caminho do nada
A vida então se constrói
Ao permanecer o ser
Perdido no espaço verde
Do mar sem calma