Qual o limite a se impor para seu filho a respeito da tecnologia?
Não demorou uma semana para que eu me arrependesse desse meu ato, porque claro, a menina viciou de um tipo que já acordava com a frase: “Quéio Patati-Patatá no celulái!” e se não satisfizesse essa vontade o resultado era choro, muito choro. Como o que eu mais queria era poder levantar sossegada, ir no banheiro sem companhia e tomar um café decente, o fato de ela ficar vidrada nos palhacinhos cantantes por uma ou duas horas era tentador. Então fui cedendo.
Mas não é preciso ser especialista em psicologia infantil para ver que o que eu estava fazendo não era muito saudável.
Claro, existem pesquisas e mais pesquisas afirmando os riscos e possíveis consequências desta exposição tão precoce da criança com a tecnologia; mas acredito que as consequências disso tudo só poderemos ver mais adiante, já que nossa geração foi criada mais na base de ver desenho até às 11h da manhã e ainda olha lá.
Quem tem um filho mais ou menos na idade da Clarice sabe que a teoria dos Terrible Twos (terríveis dois anos) é bem real e sabe como é uma fase muito complicada onde eles não são bebês nem crianças-grandes, então o “manuseio” com eles é bem difícil! Teimosia sem fim, birras sem fim e muito, mas muito e muito choro. Impor limites nessa fase é a mesma coisa que domar um animal selvagem e exige um aporte de paciência que – às vezes – eu não tenho.
Então o recurso foi cortar de vez o celular e não dar mais. Não foi uma decisão difícil, mas aguentar aqueles bons 40 minutos de choro de um mini ser humano no chão da sala pode fazer qualquer pessoa surtar. Mas passou, ela ainda às vezes pede, mas logo já esquece... Foi quase um desmame. Ainda assim continuamos no bom e amigo sistema de streaming que pelo menos a gente controla o que ela assiste e dá uma maneirada nos horários.
Mas preciso dizer que é muito complicado decidir certas coisas pelos nossos filhos; sei que pelo menos para mim, fiz o certo em tirar o celular dela, mas ainda não sei se a quantia de desenho que ela assiste por dia é aceitável, não sei se ela vai ter consequências negativas ou não daqui uns anos. É difícil também querer impor regras quanto a uso de celular para ela sendo que meu marido e eu sempre estamos conectados com o nosso, deve ser bizarro para ela ao ver nossa contradição.
E seguimos, como o título de um outro post meu diz: educar é muito difícil. É um caminho cheio de erros e acertos que, espero um dia, poder pelo menos olhar para trás e ver que eu tentei fazer o melhor para ela.
Obrigada pela leitura. Abraços, Carol! <3
Parabéns, seu post foi votado e compartilhado pelo projeto Brazilian Power, cuja meta é incentivar a criação de mais conteúdo de qualidade, conectando a comunidade brasileira e melhorando as recompensas no Steemit. Obrigado!
Tudo com moderação!
As crianças agora já nascem Android ou IOS!
Obrigada pela leitura!!!
Nem fale, a Clarice tenta usar qualquer tela, até calculadora como se fosse touchscreen. D:
nice post
Thanks!
Que ótimo relato. Não existe uma receita, não tem certo e errado, com amor se constroe. Eu sou de uma linha mais analítica, chamamos o terrible two de uma fase narcisista, o contato com a mundo, a realidade das crianças não são somente os pais, agora o mundo é delas. Também acredito que não se tenha uma medida as tecnologias, são uma nova geração, de uma linguagem diferente. Acredito que se deve sempre conversar, tanto o pai, quanto a mãe, explicar, ler, às vezes ver programas juntos, mesmo que você ache que ela não entenda nada. Sim e não são importantissimos. A tecnologia só é maléfica quando a realidade se resume a ela. Parabéns por ser uma ótima mãe!
Obrigada pelo comentário, Matheus! Já havia lido sobre essa fase egoísta dos dois anos, também! Mas preciso dizer que como mãe essa fase é muito difícil hahahah, acho que só se compara com a dificuldade de quando era recém-nascida! Esta parte de pensar que o mundo gira todo em torno dela é bem marcante, mas às vezes dá aquele medinho de que seja assim para sempre e eu acabe criando um psicopata!
No mais, obrigada pelo elogio e pelas dicas! Estou aprendendo todos os dias... Abraços. <3
A nossa intenção é sempre a melhor e realmente decidir pelo o que é ideal pra eles sempre será difícil. Minha pequena está com 4 meses e já percebo os olhinhos dela vibrando olhando para nossos celulares. Eu evito ao máximo TV e não gosto de mostrar videos no celular pra ela mas como você sabe têm horas que não podemos evitar.
Minha espinha congela em pensar nesta fase dos dois anos pois diferente da minha mulher, minha paciência com manha de criança não é das maiores. Será um desafio pessoal passar por isso.
;)
Logo começa a fase da Galinha Pintadinha por aí...
E quanto aos dois anos: te prepara, Eduardo! Hahahah mas não dá para generalizar, quem sabe para vocês seja mais tranquilo.
Aqui em casa é ao contrário, o pai tem mais paciência que eu!
Obrigada pela leitura!!!
Pois é, tem sido dias atribulados essa virada da "adolescência do bebê", não quero ficar desejando que passe logo, mas não tem como desejar que seja ao menos um pouquinho mais fácil, haha. Mas sei que fazemos o que podemos. Sinto que peco apenas em não conseguir encontrar um bom material de aprofundamento a respeito da psicologia da criança.
Quanto aos celulares e tecnologias, não tenho nada a acrescentar, você falou tudo. E acho mais que certo não dar um celular pra ela já nessa idade, quanto a assistir na tv sob o nosso controle é ok, também não adianta ficar louco e querer criar a criança como no passado.
Beijo, amor.
Pois é, amor! Mas assim como em outras fases, vamos aprendendo cada vez mais com a nossa pequena e nos tornando mais fortes.
Beijinhos no coração. <3
As crianças têm sempre que ser orientadas, principalmente quando o assunto é esse! Grande escolha, @caroline.muller!
Obrigada pela leitura! <3 De fato, somos nós que escolhemos os primeiros passos dos nosso pequenos, cabe aos pais terem consciência.